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Bronze em Tóquio, Abner diz que não tinha um rumo antes de conhecer o boxe

Abner Teixeira conquistou a medalha de bronze na categoria pesado do boxe nos Jogos Olímpicos de Tóquio e se declarou para o esporte em entrevista a Domitila Becker no programa UOL News Olimpíadas. O atleta que foi revelado em um projeto social diz que o esporte mudou sua vida e quer aproveitar a medalha para ajudar a melhorar a vida da mãe e das pessoas mais próximas.

O pugilista conta que chegou à modalidade por meio do projeto social Boxe, uma Luta para o Futuro, em Sorocaba, e o esporte foi o que deu um rumo para a sua vida.

A gente teve uma peneira com mais de 70 crianças e dessas crianças aí eu estava junto nesse meio ali. Era um projeto para pegar atletas de projeto social e treinar eles como atletas de alto rendimento, e aí desse projeto que eu saí e tive o primeiro estímulo do que era ser atleta e gostei muito, quis dar continuidade, afirma Abner.

Mudou minha vida, porque eu não tinha um rumo antes, eu não sabia o que eu queria ser. As crianças geralmente falam 'quero ser advogado, quero ser médico, quero ser mecânico'. Eu nunca tive isso, eu nunca me identifiquei com nada, quando eu achei o boxe, foi amor à primeira vista, então eu falei 'cara, é isso aqui que eu quero fazer para a minha vida', completa.

Além de esperar que a medalha olímpica o ajude a abrir portas para, por meio do esporte, poder melhorar de vida e ajudar sua família, Abner também explica a escolha da música Eterno Aprendiz, de Gonzaguinha, como um amuleto para subir no ringue.

Essa música aí, 'viver sem a vergonha de ser feliz', era um cara que estava lutando com adversário aí com todos os títulos, com todas as responsabilidades aí, mas eu não estava nem aí, eu queria ir lá e me divertir, e foi isso o que aconteceu, acho que a música era a ideal para o momento ali que a gente estava vivendo. Gonzaguinha é um monstro e essa música aí eu me identifico muito com ela, então acho que veio na hora certa, conclui.