Pistorius ganha medalha sem ir à pista em dia de Bolt e queda de brasileira

O sul-africano Oscar Pistorius, biamputado, ganhou a esperada medalha no Mundial de atletismo, mas não na pista de corrida. Barrado da equipe de seu país horas antes da final dos 4x400m, o atleta levou a prata, mas encheu o Twitter de reclamações e roubou a cena em um dia marcado pelas exibições de Usain Bolt e Caster Semenya e a queda da brasileira Joelma Sousa. 

Confira o resumo do sétimo dia de competições: 

O DRAMA DE OSCAR PISTORIUS NO 4X400M E AS PROVOCAÇÕES PELO TWITTER

Oscar Pistorius, biamputado e uma das grandes estrelas do Mundial por suas próteses mecânicas, foi exaltado por fazer parte da equipe sul-africana do revezamento 4x400m. Com ele, o time bateu seu recorde nas eliminatórias de Daegu. Por opção do técnico, ele ficou fora da decisão. O resultado? Estados Unidos com a medalha de ouro e a África do Sul na segunda posição. Pistorius ganhou a prata por ter participado da semi, mas não se contentou. Pelo Twitter, lamentou a exclusão e, apesar de ter desejado sorte aos colegas, alfinetou depois do resultado final. ?Parabéns à equipe por ter conseguido a prata. Foi muito difícil assistir sabendo que eu merecia estar lá?, escreveu o atleta, para depois repassar mensagens sobre o tempo da equipe. Com Pistorius, na eliminatória, a África do Sul fez 2min59s21, contra 2min59s87 sem ele na final. O tempo da equipe que contava com o biamputado garantiria o ouro para o país na prova que teve os Estados Unidos na primeira colocação, com 2min59s31. A exclusão de Pistorius se torna ainda mais estranha na comparação entre os tempos dos sul-africanos. Seu substituto J. Z. Van Zyl, bronze nos 400m com barreiras, é o único com tempo melhor que o de Pistorius. Os outros três membros do time possuem marcas piores que a do biamputado.

USAIN BOLT E CASTER SEMENYA VOLTA ÀS PISTAS E NÃO DECEPCIONAM

O astro Usain Bolt fez a parte dele após a decepção de ter sido eliminado nos 100m. Na semifinal dos 200m, ele se distanciou dos rivais e garantiu sua vaga na final com folga, se dando ao luxo de ?soltar? no fim. Apesar de ter passado somente com o segundo melhor tempo, ele ainda é o favorito diante do francês Christophe Lemaitre. O brasileiro Bruno Lins também estará na prova, com o sétimo melhor tempo.

Campeã mundial em 2009, em Berlim, Caster Semenya sofreu com as suspeitas de que seria hermafrodita e agora está de volta à competição que a consagrou. Na semifinal dos 800m, a sul-africana fez o que dela se esperava. Venceu com sobras e até desacelerou no fim, à la Usain Bolt.