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Presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro lamenta caso Pistorius: "perda para o esporte"

AP Photo-Masi Losi-Pretoria News
Imagem: AP Photo-Masi Losi-Pretoria News

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

19/02/2013 14h02

“Ele é gentleman, uma das pessoas mais agradáveis que já conheci”. Assim o presidente do (CPB) Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, definiu Oscar Pistorius, o maior ícone do esporte paraolímpico, hoje acusado de assassinar sua namorada na África do Sul.

Parsons disse em entrevista nesta terça-feira que nunca foi íntimo de Pistorius. Conviveu com ele sempre em ambientes de competição. Mesmo assim, pelo contato que teve com o corredor das pernas metálicas, era inimaginável que ele estivesse envolvido em um caso de polícia.

Pistorius é réu de um processo de homicídio. Promotores da África do Sul o acusam de matar premeditadamente a modelo Reeva Steenkamp com quatro tiros, disparados em sua própria casa, em um condomínio de luxo na cidade de Pretória.

“Toda essa história é muito surpreendente para nós”, disse Parsons. “Se tudo isso o que está sendo noticiado se confirmar e ele não vier a competir mais, vai ser uma perda muito grande para o esporte, para o movimento paraolímpico.”

Parsons ressaltou, no entanto, que o esporte paraolímpico não para sem Pistorius. O presidente do CPB disse que outros paratletas, de outros lugares do mundo, inclusive do Brasil, já têm sua importância reconhecida e podem continuar inspirando outras pessoas.

“Muitos atletas foram inspirados por Pistorius, mas ele não é o único”, disse Parsons. “Perdemos um rosto conhecido, mas já temos outros.”