Investigador afirma que Pistorius é um "risco" para a sociedade; atleta chora durante novo depoimento

O segundo dia de audiência do pedido de fiança de Oscar Pistorius para responder às acusações sobre o assassinato de sua namorada, Reeva Steenkamp, na última quinta-feira, começou com o investigador principal do caso, Hilton Botha, afirmando que o o atleta paraolímpico mais famoso da história é um "perigo" para a sociedade. "É um crime grave, um sério problema", afirmou Botha durante nova sessão, nesta quarta.

A audiência, que começou por volta das 4h (de Brasília), sofreu uma pausa por volta das 6h. Pistorius foi visto chorando antes e depois dessa paus - na volta do intervalo, ele começou a chorar assim que pisou no tribunal, segundo jornais ingleses.

Novas situações foram analisadas nesta manhã: segundo o investigador, quatro celulares foram achados na cena do crime, o banheiro da casa de Pistorius, e nenhum possuía registro de ligações para a polícia ou para paramédicos.

Outra novidade sobre o caso revelada nesta quarta foi a de que Pistorius também responderá por posse de munição ilegal.

O corpo de Reeva Steenkamp foi cremado nesta terça-feira, em uma cerimônia restrita em Port Elizabeth. A modelo foi encontrada morta com quatro tiros e ferimentos no crânio na quinta, na casa de Pistorius. A polícia achou um taco de críquete ensanguentado no local, mas não divulgou oficialmente os resultados da perícia no objeto.

Pistorius está preso desde a morte de Steenkamp. Ídolo do atletismo, o velocista conhecido como "Blade Runner" usa próteses de fibras de carbono nas pernas. Ele foi o primeiro atleta amputado das duas pernas a competir em Olimpíada. Em Londres, ele alcançou as semifinais da prova dos 400 m - ele também fez parte da equipe de revezamento 4x400 m da África do Sul.