Psiquiatra diz que Pistorius desenvolveu transtorno de ansiedade

O sul-africano atirou em Reeva Steenkamp em sua casa em fevereiro de 2013. Ele alegou que teria sido um acidente, já que achava que um assaltando tinha entrado na residência, e, por isso, disparou os tiros. A sua defesa adotou então a estratégia de provar que ele, na verdade, sofre de problemas mentais e que precisa ir para um hospital psiquiátrico para observação médica. 

 

O problema seria uma consequência de traumas da amputação de suas pernas, quando ele tinha apenas 11 meses de vida, e, na opinião de Vorster, foi potencializado pela fama adquirida por Pistorius nos últimos anos.

 

“Ele era muito novo para entender o motivo [de não ter as pernas]”, disse a psiquiatra. “Sua mãe não podia confortá-lo porque ele ainda não tinha aprendido a falar. Isso teria o afetado como um assalto traumático”, continuou. 

 

O promotor, Gerrie Nel, do caso questionou a Dra. Vorster, então, se o possível problema de Pistorius pode ter feito com que ele perdesse a noção do que é certo e errado. Ela negou. Imediatamente, Nel pediu então a interrupção do julgamento, que chegou nesta segunda-feira ao seu 30º dia, para analisar a questão. Caso o argumento não seja aceito, Pistorius corre o risco de, caso condenado, pegar de 25 anos a prisão perpétua pelo crime.