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Pistorius é banido até o fim da pena e fica fora da Paraolimpíada do Rio

Do UOL, em São Paulo

21/10/2014 08h01

Qualquer esperança de Oscar Pistorius competir nos Jogos Paraolímpicos de 2016 foi enterrada pelo Comitê Paraolímpico Internacional. A entidade confirmou que ele está banido de disputar provas até que cumpra toda a sua pena, anunciada nesta terça-feira como sendo de cinco anos em regime fechado. Ele foi condenado por homicídio culposo após atirar na sua então namorada Reeva Steenkamp.

Como a defesa do sul-africano tentará fazer com que ele cumpra em liberdade boa parte de sua pena, buscando uma prisão domiciliar após dez meses de cárcere, Pistorius teria tempo de treinar e tentar a participação nas Paraolimpíadas de 2016. Mas a decisão do comitê descarta essa chance.

"As regras dizem que se alguém recebe uma sentença de cinco anos de uma corte, essa pessoa precisa cumprir sua sentença antes de voltar a competir", afirmou um porta-voz do Comitê Paraolímpico Internacional ao The Guardian.

O prazo que Pistorius cumprirá em cárcere ainda é tema de discussão. Se a defesa fala em dez meses, a promotoria considera que ele precisa cumprir ao menos um terço da sentença anunciada pela juíza do caso nesta terça-feira. 

Há cerca de um mês, a juíza Thokozile Masipa livrou Pistorius da acusação de homicídio doloso, que renderia uma pena maior, já que considerou que ele não teve intenção de matar Reeva, mas que foi negligente ao atirar através de uma porta, pensando se tratar de um invasor.

Condenado por homicídio culposo, a pena para o atleta poderia chegar a 15 anos – se fosse homicídio culposo, seriam 25 -, mas especialistas consideravam opções menos agressivas, inclusive com períodos longos da sentença sendo cumpridos em casa. Ou até apenas a prisão domiciliar, o que foi criticado por abrir um precedente perigoso para este tipo de crime.