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Atleta é condenada a devolver R$ 1,6 mi após ser pega em exame antidoping

Liliya Shobukhova tornou-se treinadora após ser afastada do esporte - REUTERS/Paul Hackett
Liliya Shobukhova tornou-se treinadora após ser afastada do esporte Imagem: REUTERS/Paul Hackett

Do UOL, em São Paulo

19/07/2016 13h43

A atleta russa Liliya Shobukhova foi condenada nesta terça-feira (19) a restituir o pagamento de 378 mil libras (R$ 1,6 milhão) recebido após vencer a Maratona de Londres. A maratonista venceu a edição de 2010 da corrida antes de receber uma suspensão de 38 meses do esporte após seu passaporte biológico mostrar “curvas hematológicas anormais”. Junto ao período de suspensão, foram retiradas as vitórias conquistadas na Maratona de Londres em 2010, além das Maratonas de Chicago de 2009, 2010 e 2011.

Após a revelação do doping, a Maratona de Londres entrou com uma ação legal na justiça inglesa para tentar recuperar parte do valor pago a Shobukhova. O parecer favorável saiu apenas nesta terça-feira e a atleta já foi orientada a retornar o valor, que é referente à premiação da etapa de 2010 e também engloba o montante desembolsado para que a atleta competisse em 2011. Apesar da decisão favorável, o processo agora deverá ser executado na Rússia.

De acordo com o diretor-executivo da Maratona de Londres, Nick Bitel, a intenção da organização do evento é redistribuir o dinheiro entre os atletas que “foram trapaceados de seu direito por Shobukhova”.

Após o caso de doping, os organizadores da prova mudaram a forma de premiação do evento. Jemina Sumgong e Eliud Kipchoge, vencedores da etapa de 2016, terão que esperar cinco anos para receber a totalidade do prêmio. A intenção é deter atletas que estejam tentando trapacear.

“Será um longo e difícil processo, mas nós iremos perseguir isso, pois estamos determinados a não beneficiar trapaceiros. Nós estamos determinados a fazer a corrida de maratona um local protegido do doping. Nós continuamos fazendo tudo que podemos para garantir que trapaceiros serão pegos e não se beneficiarão das trapaças”, declarou Bitel.

Em maio deste ano, Shobukhova anunciou que não iria tentar voltar ao esporte no final de sua punição. A ex-atleta agora está focada em seguir carreira como treinadora.

Em dezembro de 2014, veículos estrangeiros noticiaram que a atleta pagou US$ 550 mil (R$ 1.8 milhão) para encobrir resultados de exames antidoping que haviam flagrado suas infrações. Antes de ser flagrada e ter seus recordes cancelados, a atleta havia se tornado a segunda maratonista mais rápida da história, atrás apenas da britânica Paula Radcliffe.