Entre as doze atletas dos Estados Unidos no Mundial de basquete da República Tcheca, apenas uma enfrenta a dupla jornada de atleta e universitária. Maya Moore é a única não-profissional na seleção que desponta como favorita ao título, fato que obrigou a ala a perder provas e horas de estudo na universidade. Para não ficar atrás dos demais alunos, a jogadora-prodígio aproveita o tempo fora das quadras para se dedicar aos livros.
Destaque do basquete universitário, Maya Moore tem médias de 7,7 pontos e 3,8 rebotes por jogo...
...fora de quadra, dedica seu tempo aos livros "para não voltar às aulas muito atrás dos outros alunos".
Estudante do penúltimo ano da Universidade de Connecticut, Moore aproveita o tempo livre dos treinamentos para retomar as horas de estudo perdidas por conta da preparação dos EUA. “É difícil [acompanhar o currículo escolar enquanto joga o mundial]. Eu sei que tenho de ser disciplinada. Perdi algumas provas por causa do período de treinos e pelo próprio mundial, mas estou fazendo o máximo para estudar por aqui”, afirmou a jogadora. “Leio muito sempre que tenho tempo livre, para não voltar às aulas muito atrás dos outros alunos”.
Aos 21 anos de idade, Maya é a mais nova na equipe dos EUA, e sua presença em quadra tem uma razão de ser. A ala se destacou em todos seus três anos na Universidade de Connecticut, atual bicampeã nacional e referência no tradicional basquete universitário do país. “Não é a mesma coisa [jogar com a seleção e com a universidade]. Em sua equipe, você tem seis meses ao lado das garotas, Aqui, você tem o grupo por apenas um mês. Mas representar o seu país leva tudo a um nível diferente”, disse a atleta-estudante, cuja equipe acumula uma série histórica de 78 vitórias seguidas em jogos da NCAA (principal entidade do esporte universitário dos EUA).
Não bastasse seu histórico universitário, o talento de Maya pode ser visto entre as profissionais no início da preparação da equipe do técnico Geno Auriemma. Em uma série de quatro jogos-treino entre as seleções adulta e a universitária dos EUA, a atleta-prodígio jogou duas partidas por cada equipe e saiu vencedora em todas elas.
O Mundial da República Tcheca, contudo, ainda é um aprendizado para Maya, que tem anotado “apenas” 7,7 pontos, 3, 8 rebotes e 2,5 assistências por partida, com uma média de pouco mais de 18 minutos em cada jogo. “Ela esteve um pouco parada na partida, mas acho que vai se acostumar. Quando você é jovem e enfrenta times experientes, como a Grécia, elas vão tirar vantagem de você. E elas fizeram isso”, afirmou o técnico Auriemma após a vitória por 99 a 73, na estreia contra as gregas. Na partida, Maya marcou sete pontos, pegou cinco rebotes e cometeu quatro erros em 22 minutos em quadra.
“É uma ótima oportunidade. É um grupo especial. E poder estar aqui, no topo, onde se joga o melhor basquete do mundo, é indescritível. Eu adoro competir. Quando erro, quero voltar e fazer de novo. Sou muito competitiva”, afirmou a atleta-estudante que, na quadra ou na escola, continua aprendendo.
Conheça a carreira de mais de 10.000 atletas