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Irmã brasileira de Al Horford leva 'cano' do astro, mas vê coração divido no Pré-Olímpico

Maíra (esq.) nunca viu o irmão ou o pai, que haviam prometido encontrá-la neste mês - Arquivo Pessoal
Maíra (esq.) nunca viu o irmão ou o pai, que haviam prometido encontrá-la neste mês Imagem: Arquivo Pessoal

Daniel Neves

Em São Paulo

26/08/2011 07h00

Adversário do Brasil no Pré-Olímpico das Américas, o dominicano Al Horford contará com uma torcedora especial em São José dos Campos. Irmã brasileira do astro do Atlanta Hawks, a jovem Maíra Fernanda, de 16 anos, mantém carinho especial pelo pivô apesar da relação quase inexistente entre os dois.

           FAMÍLIA LIGADA AO BASQUETE

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    Tito Horford atuou no Brasil durante a década de 90

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Em entrevista ao UOL Esporte, Maíra contou que nunca falou com o irmão famoso e que vivia a expectativa de conhecê-lo neste mês. Pai de ambos, o ex-jogador Tito Horford disse à garota que promoveria um encontro familiar em agosto, durante a visita da seleção dominicana ao país para a disputa da Copa Tuto Marchand. A promessa, porém, não se concretizou.

“Tenho muita vontade de conhecê-los. Fiquei esperando virem para cá agora, mas não eles vieram e nem telefonaram para explicar. Fiquei chateada, pois estava esperando”, contou Maíra.

Na década de 90, Tito Horford jogou por três anos no Brasil, onde defendeu o Sírio e o Suzano. Foi no clube do interior paulista que conheceu a então jogadora de vôlei Patrícia de Andrade, mãe de Maíra. O ex-atleta nunca conheceu a menina, mas conversa frequentemente com a filha por telefone. Nesta semana, porém, cometeu um grande vacilo: esqueceu o aniversário da garota.

“A Maíra fez 16 anos na última terça-feira e o pai não ligou para dar parabéns. Ele é um ‘não pai’”, disse Patrícia. “Mas eles conversam bastante por telefone, ao menos umas três vezes por semana. Falam bastante sobre tudo, inclusive sobre basquete e sobre o desempenho do irmão na NBA”.

Apesar da relação inexistente com o irmão, Maíra tem grande carinho por Al Horford. Ao lado de Kobe Bryant e do armador Fúlvio, o pivô é um dos ídolos da garota, que joga nas categorias de base de São José dos Campos e procura se inspirar no astro da NBA dentro de quadra.

“Quando não estou treinando, assisto aos jogos do meu irmão pela TV. Como jogo quase na mesma posição, procuro imitar o jeito que ele joga. Imitar a maneira de jogar embaixo, de arremessar”, comentou Maíra, que sonha em jogar na WNBA.

A jovem jogadora foi chamada pelo pai para morar e estudar nos Estados Unidos, convite que pretende aceitar em 2013. Enquanto o esperado encontro com os familiares não chega, Maíra revela estar com o coração divido entre Brasil e República Dominicana, que se enfrentarão no Pré-Olímpico das Américas.

“É complicado escolher entre Brasil e República Dominicana por causa do meu irmão. O coração vai ficar dividido. Se der, espero que classifiquem os dois para as Olimpíadas”, disse Maíra.