Topo

Brasil abre 2ª fase contra o Uruguai buscando apagar má impressão e evitar sufoco futuro

Marcelinho Machado cobra melhora do Brasil, principalmente na defesa, para a 2ª fase  - AFP PHOTO / Maxi FAILLA
Marcelinho Machado cobra melhora do Brasil, principalmente na defesa, para a 2ª fase Imagem: AFP PHOTO / Maxi FAILLA

Daniel Neves

Em Mar del Plata (Argentina)

05/09/2011 07h00

O Brasil abre sua participação na segunda fase do Pré-Olímpico das Américas nesta segunda-feira, contra o Uruguai, às 20h30 (horário de Brasília), com transmissão do UOL Esporte. Sem poder tropeçar mais no torneio se não quiser um caminho complicado nas semifinais, o time nacional tenta reencontrar o bom desempenho apresentado no período preparatório, quando arrasou todos os seus adversários com defesa sufocante e eficiência ofensiva.

O basquete apresentado durante o Pré-Olímpico, porém, passou bem longe disso. A seleção brasileira até venceu Venezuela, Canadá e Cuba, mas jogou mal nos três jogos. Para piorar, perdeu para a República Dominicana e levará a desvantagem contra o rival em caso de empate nas duas campanhas na sequência do torneio.

Um novo tropeço nesta segunda fase aumentaria as chances de enfrentar a temida argentina nas semifinais, no jogo que valerá a vaga olímpica. Em caso de revés para rivais mais fáceis desta etapa, como o Uruguai, colocaria em risco até mesmo a classificação à próxima etapa da competição.

“A verdade é que pensávamos em passar com três vitórias. Infelizmente perdemos para a Dominicana, mas agora é olhar para frente”, disse o técnico Rubén Magnano. “Tivemos muitas oscilações, passamos por basquete muito bom e outros irregulares. Em alguns jogos tivemos muitos desperdícios, o que custou o jogo”.

A busca pelo reencontro das boas atuações começa pelo assunto mais citado por jogadores e comissão técnica durante o Pré-Olímpico. A defesa alucinante, que impressionou na fase preparatória, ainda não deu as caras no torneio e fez com que a equipe se atrapalhasse em todos os confrontos da fase inicial.

“O principal fator que fez com que não conseguíssemos fazer nosso melhor foi que a gente não conseguiu impor a nossa defesa, o que vínhamos fazendo muito bem”, comentou o ala Marcelinho Machado. “Temos que ter a consciência de que podemos defender melhor, porque aí o nosso ataque flui mais. Nosso jogo é rápido, de transição. Mas isso só acontece quando a gente marca bem”.

OPINIÃO DE FÁBIO BALASSIANO

O time de Rubén Magnano é o favorito, mas é bom não bobear muito, pois do outro lado estarão jogadores experientes. Se o resultado não fosse importante por si só, a partida vale para saber se os erros da primeira fase serão repetidos agora.
Leia mais no Blog Bala na Cesta

Longe de preocupar como Argentina e Porto Rico, o Uruguai chega para o duelo como um rival traiçoeiro. Venceu apenas duas vezes, contra os fracos Panamá e Paraguai, e levou uma surra dos donos da casa por 32 pontos de vantagem, mas fez um duríssimo jogo contra os portorriquenhos. Para a sequência da competição, porém, o time chega enfraquecido com o desfalque do ala Mauricio Aguiar, destaque da primeira fase, que está lesionado.

“É um jogador que vem atuando na seleção deles há muito tempo, aqui se mostrou um dos principais em termos de ataque”, opinou Marcelinho Machado. “Mas eles têm outros bons jogadores. É preciso ter atenção e se concentrar. Claro que se eles sentirem a falta do Aguiar temos que nos aproveitar disso e partir para cima deles, voltar a jogar no nosso melhor”.