Marcelinho Machado apaga decepções virando coadjuvante, mas brilha no "jogo da vaga"
Nenhum jogador na história do basquete brasileiro sofreu mais para chegar a uma Olimpíada do que Marcelinho Machado. Depois de cinco participações em torneios classificatórios, muitas frustrações e críticas, o veterano ala conseguiu, e da melhor maneira possível. Ele deixou de ser protagonista do time nacional durante todo o torneio, mas no jogo que importava, ele foi vital para obter a tão sonhada vaga nos Jogos.
Marcelinho entrou em quadra neste sábado, contra a República Dominicana, como um coadjuvante na seleção. Mas deixou o jogo como cestinha: 20 pontos, incluindo cinco bolas de três pontos, e foi um dos responsáveis por conter a força do time rival. "Não é questão de tirar o peso, é de conseguir conquistar um objetivo. Fizemos as coisas como tinha que ser feito, treinando muito forte, e o resultado está aí", afirmou o jogador de 36 anos, em meio à comemoração.
Fundamental para a classificação do Brasil às Olimpíadas, a chegada do argentino Rubén Magnano mudou completamente o papel de Marcelinho Machado dentro da equipe. O ala deixou de ser o protagonista no time titular, com muitos pontos, mas também muitos erros, para se tornar um efetivo sexto homem no time nacional.
No Pré-Olímpico das Américas de 2007, Marcelinho foi titular absoluto sob o comando de Lula Ferreira. Esteve entre os atletas com o maior tempo de quadra com 25 minutos por jogo e terminou como o terceiro principal pontuador do time com 11,7 pontos.
Em Mar del Plata, o tempo de quadra do veterano caiu para 19 minutos e sua média de pontos ficou em 9 por jogo. O veterano, porém, assumiu um papel mais importante na defesa, tendo sido peça chave em jogos complicados. Contra a Argentina, terminou a partida sem anotar sequer um ponto, mas anulou completamente o ala Hernan Jansen, que havia sido um dos grandes responsáveis pela derrota para os arquirrivais no ano anterior.
Até mesmo nos chutes de três pontos Marcelinho tem sido mais eficaz. O ala ainda é o atleta da seleção que mais arrisca de longa distância, com pouco mais de cinco arremessos por jogo e aproveitamento de 38%, mas o número é menor se comparado com 2007, quando o jogador tentou em média sete chutes do perímetro por partida.
Como protagonista, Marcelinho foi campeão em praticamente todos os clubes em que passou e acabou como o cestinha das quatro últimas edições do campeonato nacional. Mas será como coadjuvante que o ala realizará o sonho mais perseguido de toda a sua carreira: marchar com a delegação brasileira no estádio Olímpico de Londres-2012.
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