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Sensação asiática da NBA causa "Linsanidade" e atrai marqueteiros

Jeremy Lin, armador do New York Knicks, é a maior sensação da NBA no momento - REUTERS/Ray Stubblebine
Jeremy Lin, armador do New York Knicks, é a maior sensação da NBA no momento Imagem: REUTERS/Ray Stubblebine

Das agências internacionais, em Nova York (EUA)

13/02/2012 08h55

Ao marcar 38 pontos na vitória do New York Knicks sobre o Los Angeles Lakers na última sexta, o armador Jeremy Lin consolidou sua ascensão meteórica na NBA e já é visto como um tesouro para os marqueteiros que visam preencher a lacuna aberta pela aposentadoria do chinês Yao Ming.

O californiano de 23 anos é filho de taiwaneses e tem tudo para se identificar com o mercado asiático, o maior da NBA fora dos Estados Unidos. Para ajudar, o jogador tem uma história de superação, após ser rejeitado por diversas franquias e conseguir seu espaço mesmo sendo a quinta opção do técnico dos Knicks, Mike D'Antoni.

O próprio treinador admitiu que nunca tinha visto uma evolução tão abrupta. Depois de sua atuação de gala contra os Lakers no Madison Square Garden, os jornais de Nova York chegaram a criar o termo “Linsanidade”. Mesmo que ele deva sair do time quando Baron Davis voltar de lesão, o bom momento foi o suficiente para inspirar os marqueteiros.

“Não há dúvidas de que grandes marcas vão se interessar por Jeremy Lin”, disse à Reuters o executivo Jeremy Walker, chefe de uma agência de entretenimento sediada em Hong Kong.

“Você só precisa ver o que Yao Ming fez não só para a NBA, mas para as marcas que ele representou nos Estados Unidos e na China. Todo atleta de ponta da China que desponta nos Jogos Olímpicos ou em qualquer outro lugar será alvo de interesse das marcas, pois todas elas buscam crescer no mercado chinês”, completou Walker.

Por outro lado, o executivo lembrou que Jeremy é norte-americano com raízes em Taiwan, rival da China e aliado dos Estados Unidos. Mesmo assim, ele citou exemplos dos golfistas norte-americanos Tiger Woods, cuja mãe é tailandesa, e Michelle Wie, de pais sul-coreanos, para mostrar a importância da etnia para o marketing esportivo na Ásia.

“Só a etnia já pode ser muito, muito importante. As pessoas gostam de ver gente como elas se saindo bem, não importa de onde você seja, não importa onde tenha nascido”, completou Walker.