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Hortência banca permanência de Tarallo e planeja seleção de novas em 2013

Após demitir três técnicos, Hortência preferiu manter Tarallo no comando da seleção - Nelson Almeida/Fotocom
Após demitir três técnicos, Hortência preferiu manter Tarallo no comando da seleção Imagem: Nelson Almeida/Fotocom

Daniel Neves

Do UOL, em São Paulo

11/01/2013 06h00

O resultado ruim nas Olimpíadas de Londres-2012 não foi capaz de abalar a confiança de Hortência no técnico Luiz Cláudio Tarallo. Após demitir três treinadores em sua gestão, a diretora das seleções femininas da CBB optou por dar continuidade no trabalho do atual comandante, que foi promovido da base pouco antes dos Jogos.

“Está tudo certo para a permanência dele. O novo contrato já está pronto e falta apenas assinar”, disse Hortência, em entrevista ao UOL Esporte. “Não havia motivo para mudar o treinador neste momento. Temos confiança de que o Tarallo fará um grande trabalho neste próximo ciclo olímpico”.

Tarallo foi chamado por Hortência em 2012 para substituir Ênio Vecchi, campeão do Pré-Olímpico das Américas, mas que havia fracassado nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara em 2011. Antes dele, Paulo Bassul e Carlos Colinas já haviam sido demitidos. Sem nenhuma experiência com o time principal, o treinador teve sua escolha contestada por técnicos das principais equipes do país e acabou eliminado com a seleção brasileira na primeira fase das Olimpíadas de Londres.

Para tentar reverter o mau momento do basquete feminino nacional, que sofreu com uma série de insucessos das equipes de base e da seleção principal nos últimos anos, Hortência acena com um planejamento integrado entre as categorias. A dirigente tem organizado encontros regulares entre os treinadores, que estariam analisando os defeitos apresentados e preparando um plano de correção.

“Estamos nos reunindo a cada dois meses para preparar uma metodologia de trabalho, pois queremos fazer um plano de treinamento específico para cada categoria. Estamos levantando as deficiências apresentadas por cada uma das equipes para que possamos trabalhar em cima das correções”, comentou Hortência.

Uma das medidas adotadas pela dirigente para o próximo ciclo olímpico é a criação de uma seleção brasileira de novas, que será comandada por Tarallo. A equipe, formada por jovens promessas, fará uma série de confrontos internacionais para que as atletas ganhem maior experiência.

“Esse time não fará jogos contra times nacionais, como ocorreu em gestões passadas. A experiência tem que ser internacional. Por isso estamos planejando uma série de amistosos fora do Brasil, com a ajuda de um convênio com o Ministério do Esporte. A primeira viagem deve ocorrer no Carnaval. Queremos aproveitar essa pausa para levarmos as meninas para jogar na Europa”, disse a dirigente.