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Spurs se recuperam de quarto vergonhoso e, na prorrogação, abrem 2 a 0 na final do Oeste

Tim Duncan foi o cestinha do San Antonio Spurs na partida contra o Memphis Grizzlies - AP Photo/Eric Gay
Tim Duncan foi o cestinha do San Antonio Spurs na partida contra o Memphis Grizzlies Imagem: AP Photo/Eric Gay

Do UOL, em São Paulo

22/05/2013 07h18

O San Antonio Spurs é conhecido, há mais de uma década (desde que Tim Duncan entrou na NBA), como o time que não treme na hora da decisão. Como o time que leva o jogo em "banho-maria" e, quando tem que decidir, decide. Porém, na noite da última terça-feira, essa máxima foi quebrada. Pelo menos, em parte. Mas, para a equipe de San Antonio, o que importa é o resultado final: vitória por 93 a 89 sobre o Memphis Grizzlies e 2 a 0 na final da Conferência Oeste da NBA.

Só que o triunfo só veio na prorrogação, após um último quarto de partida, no mínimo, tenebroso. A equipe chegou à última parcial liderando o jogo por 12 pontos, e com Tim Duncan e Tony Parker, os dois principais jogadores, em noite de ótimas atuações. Só que o estilo de jogo matador desandou, os Grizzlies se recuperaram e, sofrendo apenas nove pontos dos Spurs no quarto, conseguiram vencê-lo por 21 a 9 e empatar a partida em 85 pontos.

A "amarelada" no final da partida contrasta com a tradição deste elenco dos Spurs, mas no tempo extra tudo voltou ao normal. Seguraram os Grizzlies em apenas quatro pontos e venceram o jogo por 93 a 89. Mesmo assim, houve sufoco: faltando 11 segundos, Jerryd Bayless teve uma bola de três para empatar a partida, mas desperdiçou a oportunidade. Melhor para os Spurs.

O grande destaque foi Tony Parker, armador francês que recebeu ameaças de morte após o primeiro jogo da série, no último domingo. Ele anotou 15 pontos e deu impressionantes 18 assistências, melhor marca de sua carreira em playoffs.

Outro destaque foi Tim Duncan que, além de ser o cestinha do time com 17 pontos e de ter pego nove rebotes, viu os Spurs vencerem por 22 pontos de diferença enquanto esteve em quadra.

O brasileiro Tiago Splitter, titular da equipe, teve atuação razoável no ataque com 14 pontos e quatro rebotes, mas na defesa foi muito bem: ajudou a forçar Zach Randolph, pivô e craque dos Grizzlies, a ter mais uma péssima atuação ofensiva. Apesar dos 15 pontos, ele errou nove de seus 10 primeiros arremessos, acabando com apenas seis convertidos em 18.

"Eles passaram por cima. Eles tiveram cestas fáceis. Eles ficaram "quentes"", declarou Marc Gasol, companheiro de garrafão de Randolph nos Grizzlies.

"Eu odeio a ideia de que entregamos uma liderança tão grande em uma final de conferência. Mas fomos bons o suficiente para irmos para a prorrogação e não deixar nossas falhas nos afetarem", completou Tim Duncan. A próxima partida da série, em Memphis, ocorre no próximo sábado.

TIM DUNCAN ALCANÇA MARCA HISTÓRICA EM TOCOS

  • Tim Duncan é um dos melhores jogadores de basquete da história, e, talvez, o melhor ala-pivô da história da NBA, além de ser o mais importante jogador do San Antonio Spurs em todos os tempos. Mais um argumento para quem defende essas teses foi alcançado na noite de quarta-feira: com os quatro tocos que deu na partida, ele se tornou o primeiro atleta da NBA na história a alcançar a marca de 500 bloqueios nos playoffs. Mais do que isso, boa parte são os tocos “úteis”, aqueles em que a bola para na mão de seus companheiros de equipe, dando chance de contra-ataque, e não tocos espalhafatosos, que são bonitos e agradam à torcida, mas que devolvem a bola para o adversário, já que costumeiramente vão para fora da quadra.

VÍDEO: MARC GASOL FAZ CESTA ESPETACULAR, MAS INVÁLIDA

O pivô espanhol Marc Gasol, dos Grizzlies, fez uma linda cesta durante a partida: eles arriscou passar a bola pelas costas e soltá-la, e o lance deu certo. Infelizmente para ele, o jogo já estava parado, já que Gasol havia sofrido uma falta anteriormente. Mas a beleza do lance fica, veja abaixo:

HEAT ABRE SÉRIE CONTRA PACERS TENTANDO O TRI NO LESTE

  • LeBron James, desde que “levou seus talentos” para Miami, como ele mesmo disse ao anunciar sua saída dos Cavaliers, levou a equipe da Flórida a uma final da NBA e a um título, na última temporada. Para isso, venceu duas vezes a Conferência Leste. E a partir desta quarta-feira ele e seus amigos Dwyane Wade e Chris Bosh tentarão o tricampeonato contra o Indiana Pacers, que bateu o New York Knicks mesmo sem ter o mando de quadra nas semifinais.

    E a cada de preocupado de LeBron na foto acima não é para menos: depois de uma série extremamente física contra o chicago Bulls, a promessa é de mais pancada para cima dele e seus companheiros. Os Pacers, principalmente com Roy Hibbert no garrafão, preferem jogar na defesa e não têm vergonha de “descer o braço” nos rivais caso sintam que é necessário.

    Durante a temporada regular, Pacers e Heat tiveram duas vitórias cada no confronto direto, caso raro para o Heat, que costuma atropelar seus adversários. Outro fator importante é o sentimento de revanche: nos últimos playoffs, os Pacers chegaram a liderar a série semifinal do leste contra o Heat, por 2 a 1, mas acabaram levando a virada para 4 as 2. Desde então, muitos da imprensa especializada apontam que os Pacers focaram sua evolução em descobrir como não mais perder essa vantagem. Chegou a hora de descobrir, a partir das 21h30.