Topo

Spurs ressuscita Ginóbili, bate Miami e fica a uma vitória do título

Do UOL, em São Paulo

16/06/2013 23h51

O equilíbrio continua sendo a chave das finais da NBA. Neste domingo, três dias depois de ver o Miami Heat reagir, vencer fora de casa e empatar a série em 2 a 2, o San Antonio Spurs voltou a tomar a liderança na decisão. E cabe, aqui, um detalhe histórico. A vitória por 114 a 104 manteve um tabu para o time texano: em cinco decisões, os Spurs nunca ficaram atrás na série.

A vitória foi emocionante. Os Spurs abriram vantagem no segundo, no terceiro e no quarto períodos. E viu o Miami buscar o placar sempre. No último período, até o minuto final, o Heat ainda acreditava. Mas cestas de Tony Parker e Manu Ginóbili voltaram a aumentar a vantagem do time casa (e garantir o 3 a 2 na série). Com a vantagem, os Spurs jogam na próxima terça-feira, a partir de 22h, em Miami, para conquistar o quinto título. Se o Heat vencer, a decisão fica para o jogo sete, na quinta-feira, mais uma vez na casa de LeBron James & Cia.

A chave do jogo: Manu Ginóbili é titular

No jogo passado, Erik Spoelstra deu o nó tático. Sacou Udonis Haslem do time titular, inseriu o "sharp shooter" Mike Miller. Conseguiu fazer com que Chris Bosh e Dwyane Wade entrassem no jogo. Nesta noite, Greg Popovich devolveu. Único membro dos dois trios de estrelas que ainda não tinha tido uma noite estelar na decisão, Manu Ginóbili ressurgiu.

O treinador sacou o brasileiro Tiago Splitter do quinteto inicial e inseriu o argentino. O resultado foi imediato: em seis minutos de jogo, ele já tinha superado o desempenho do jogo 4. Quando a partida terminou, ele somava dez assistências - há quase três anos não dava tantos passes para a cesta.

A atuação foi fundamental principalmente pela situação de Tony Parker. Mais uma vez ele foi bem no primeiro tempo, mas passou muito tempo fora no segundo - voltou, inclusive, a receber atendimento no intervalo durante o jogo. Terminou como cestinha, com 26 pontos, mas foi a habilidade de Ginóbili de conduzir a bola e criar espaços para seus companheiros que fez diferença, mantendo o time na frente mesmo sem seu armador.

Noite de recorde para Danny Green

Alçado à condição de estrela graças ao desempenho contra o Heat, agora Green é, também, um recordista das finais da NBA. Ele igualou a marca de cestas de três pontos em uma série final ainda no segundo quarto, quando foi fundamental para que os Spurs abrissem uma vantagem de 17 pontos. Eram 22 tiros certos de longe, a mesma marca de Ray Allen na decisão de 2008. O recorde, isolado, veio após um erro grotesco de LeBron, que, embaixo da cesta, quase errou o aro ao tentar uma bandeja. No contra-ataque, Green recebeu de Ginóbili e chegou a 23 bolas de três. Ele terminou o jogo com 24 pontos, mesma pontuação de Ginóbili.

O momento histórico levou os torcedores locais à loucura e o que se viu foi o AT&T Center pressionar o Miami Heat como poucas vezes se viu ao longo dos três jogos disputados no Texas. Capitaneados por Ginóbili, que anotou sete pontos nos últimos minutos do período, os Spurs voltaram a comandar e, após ver o Heat reagir, abriram 12 pontos de liderança.

No último quarto, o Heat chegou a acreditar. Diminuiu a vantagem de 18 para 11 pontos, quando, a dois minutos para o final, a arbitragem tomou uma decisão polêmica: LeBron fez um corta-luz em Green e Ray Allen acertou de três. Com oito pontos de vantagem, ainda era possível acreditar em uma virada. Mas a arbitragem marcou falta de James.

Danny Grenn quebra recorde de bolas de 3 na final da NBA