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Pinheiros se assume azarão e busca 'reforço de aluguel' para o Mundial

Campeão da Liga das Américas, Pinheiros admite ser azarão contra o bicampeão europeu Olympiacos - Divulgação/Fiba
Campeão da Liga das Américas, Pinheiros admite ser azarão contra o bicampeão europeu Olympiacos Imagem: Divulgação/Fiba

Daniel Neves

Do UOL, em São Paulo

23/08/2013 14h00

No confronto contra o poderoso Olympiacos, o Pinheiros é azarão até mesmo para seus próprios jogadores e comissão técnica. A equipe brasileira, porém, acredita ser possível surpreender o favorito bicampeão europeu no retorno da Copa Intercontinental, que já foi considerada o Mundial interclubes entre os anos 60 e 80 e que será novamente disputada nos dias 4 e 6 de outubro, em Barueri.

“Todo mundo aqui sabe que nosso time é muito mais fraco do que o Olympiacos. A gente sabe que esse time tem um financiamento três vezes maior que o nosso. Sabe que tem cinco caras que jogam na seleção grega, que tem cinco americanos. Mas dentro da quadra isso não vale nada, é postura de equipe”, disse o ala-armador Shamell.

“Aqui ninguém é herói, ninguém é o Homem de Ferro. Vai ser um jogo difícil, todo mundo aqui nessa sala sabe. Mas são cinco contra cinco, quem fizer mais cestas ganha. Tenho certeza de que esses 12 caras e o técnico vão entrar em quadra em Barueri e estarão preparados.  Só é preciso uma chance. Vamos entrar em quadra como homens”, concluiu o norte-americano.

Campeão da Liga das Américas, o Pinheiros se inspira em sua trajetória no torneio continental. Era ‘azarão’ diante do Lanús, para quem já havia perdido diversas vezes, mas venceu no quadrangular final e conquistou o título que o credenciou para o Mundial de clubes.

Outra inspiração do time brasileiro está em seu banco de reservas. O técnico Cláudio Mortari era o treinador na única conquista do país no Mundial de clubes, comandando a geração de Oscar e Marcel no título do Sírio em 1979.

“A vitória que tivemos sobre o Bosna ainda me emociona quando passa [na TV]. Eles eram a base da seleção da Iugoslávia que conquistou o título mundial de forma histórica em 1990. Hoje as equipes se tornaram internacionais, o mundo ficou menor. Mas esperamos que, no final, a quadra seja invadida [pela torcida] como aconteceu em 79”, comentou Mortari.

"O título é uma coisa muito difícil de se conseguir. Chegar à disputa de um Mundial já é algo complicado, pois a caminhada é muito longa. Em quadra são cinco contra cinco, mas sabemos das dificuldades de se enfrentar um time europeu", completou o treinador.

Para fazer frente ao bicampeão europeu, o Pinheiros admite trazer um reforço de peso apenas para a disputa do Mundial. O clube paulista não revelou os nomes que estão em pauta e afirmou que o ‘jogador de aluguel’ pode vir tanto do basquete nacional quanto de uma grande liga do exterior.

“É viável e já tem negociações. Mas vai depender muito das conversações entre todos. Nosso time está muito bem montado, são 12 jogadores que estão em alto nível”, afirmou João Fernando Rossi, diretor de esportes olímpicos do Pinheiros.