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CBB busca ajuda privada, e Globo pode pagar convite do Mundial masculino

Presidente da CBB Carlos Nunes revelou que entidade busca parceiros privados para pagar "doação" - Divulgação/CBB
Presidente da CBB Carlos Nunes revelou que entidade busca parceiros privados para pagar 'doação' Imagem: Divulgação/CBB

Daniel Neves e Fábio Balassiano

Do UOL, em Barueri (SP)

08/10/2013 06h00

A Rede Globo pode ter papel fundamental na candidatura do Brasil por um convite para o Mundial masculino de 2014. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, o presidente da CBB Carlos Nunes revelou que a entidade busca ajuda na iniciativa privada para bancar a ‘doação financeira’ exigida pela Fiba e citou a emissora como possível parceira para dividir a conta.

“Não vai ser problema. Temos condições de buscar, temos o apoio dos parceiros. Não vamos precisar do Ministério do Esporte, vamos na iniciativa privada até para não misturar dinheiro público”, disse Nunes. “[Pode ser] A Globo, quem quiser ajudar, quem quiser participar. O Ministério do Esporte já nos dá muito, nos dá R$ 12 milhões”.

Nunes não entrou em detalhes sobre o valor a ser ‘doado’ pela CBB em busca de um convite. Nas edições anteriores do Mundial, a Fiba definiu uma taxa de 500 mil euros (aproximadamente R$ 1,5 milhão) às equipes interessadas a concorrer a uma das vagas. Para 2014, porém, a entidade não estipulou qual será o montante.

Além do possível aporte financeiro, a Globo foi citada por Nunes como uma das parceiras da CBB na confecção de um dossiê que será enviado à Fiba para pleitear o convite. A emissora deve emitir documento manifestando seu interesse em transmitir a competição.

“No dia 31 de outubro temos que mandar nossa candidatura. Nós já mandamos uma pré-candidatura, por enquanto somos o único país que foi lá na Fiba. Mas dia 31 vamos mandar com uma declaração dos atletas, uma declaração da Rede Globo, do Ministério do Esporte, do Ministro do Esporte, do COB”, afirmou Nunes.

Apontada por dirigentes da Fiba como principal ponto negativo da candidatura brasileira, a ausência dos jogadores da NBA durante a Copa América foi minimizada pelo presidente da CBB. Nunes revelou que a entidade deve coletar depoimentos de Leandrinho, Nenê, Anderson Varejão e Tiago Splitter para produzir um vídeo que será enviado com a candidatura.

O dirigente também negou que haja um mal estar entre o técnico Rubén Magnano e os jogadores ausentes na Copa América. O treinador responsabilizou as dispensas pelo fracasso no torneio classificatório e cobrou publicamente um maior comprometimento, o que irritou os atletas.

“Não há problema nenhum, a relação continua a mesma. Eles entenderam o desabafo do Magnano e o Magnano depois entendeu que eles não vieram por motivos pertinentes. As portas continuam abertas, eles tiveram os motivos deles. Leandrinho machucado, Nenê machucado, Varejão com embolia. O único que poderia vir era o Tiago, que se sentia cansado. Mas você pode ver no Spurs que o Ginóbili também não foi para a Argentina”, comentou Nunes.

Magnano foi a grande ausência da delegação brasileira no lobby feito pela CBB durante a Copa Intercontinental, disputada no último fim de semana. Além de Nunes, o diretor técnico Vanderlei Mazzuchini e o secretário nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, estiveram em Barueri e conversaram com representantes da Fiba.

A ausência do treinador foi ainda mais sentida diante da comitiva enviada pela federação venezuelana. Outro candidato ao convite, o país enviou o técnico Nestor Garcia, além de diversos dirigentes, para o evento em Barueri.

“O Magnano teve um problema familiar, mas está chegando [ao Brasil]. Ele vem para o lançamento do NBB”, justificou Nunes.