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Sem seguro, Leandrinho segue fora dos treinos da seleção: "Situação ruim"

CBB pode pagar do próprio bolso preço do seguro para que ala-armador jogue  - Patrick Mesquita/UOL
CBB pode pagar do próprio bolso preço do seguro para que ala-armador jogue Imagem: Patrick Mesquita/UOL

Patrick Mesquita

Do UOL, em São Paulo

24/07/2014 22h00

O tempo de preparação da seleção brasileira para o Campeonato Mundial de Basquete está perto do fim, e até o momento o time segue sem contar com uma de suas principais estrelas. Ainda sem contrato com nenhuma franquia da NBA, Leandrinho Barbosa está impedido de treinar e permanece fora de todas as atividades mais “firmes” realizadas pela equipe nacional ao longo da semana.

Por não defender nenhuma camisa do basquete norte-americano, o ala-armador não possui o seguro necessário para a cobertura e possíveis lesões. Assim, ele ficou fora em todas as atividades que tiveram contatos físicos e está limitado a trabalhos de condicionamento e arremessos.

Após o treino desta quinta-feira, que aconteceu no Esporte Clube Sírio, em São Paulo, quando novamente ficou afastado do chamado 5 contra 5, o jogador admitiu que a incerteza tem atrapalhado sua preparação para o torneio.

“Eu já falei para o Rubén Magnano (técnico da seleção) que se dependesse de mim eu já estaria treinando. Ele entende a situação. Quero resolver o mais rápido possível. É ruim para mim não estar integrado com o grupo, principalmente no 5 contra 5. O restante eu estou fazendo, mas o mais importante é o 5 contra 5. Já faz um tempo que não estamos juntos, mas eu conheço o time. Quanto mais tempo eu estiver junto com o grupo e treinando 5 contra 5 é melhor”, afirmou.

Para que fique liberado para atuar, Leandrinho precisa resolver seu contrato e acertar com alguma equipe da NBA. É exatamente neste ponto que está um dos problemas. Sem grandes propostas, o jogador encontra dificuldades para retornar ao basquete dos EUA. Apesar da situação complicada, que Leandrinho demonstra otimismo e se diz focado na seleção brasileira.

“Ainda não tem nada certo, principalmente minha situação do outro lado (NBA). Está com a CBB (Confederação Brasileira de Basquete), que está conversando com meu agente, com o pessoal do seguro. Eu procuro ficar fora disso porque estou mantendo o foco aqui na seleção brasileira, é um momento importante para nós. Estou feliz com a seleção. Vamos pensar que vai dar tudo certo, pensamento positivo. Acho que tem que ter paciência. Ainda tem tempo para muitas negociações”, disse.

O otimismo de Leandrinho tem base em uma espécie de “plano B” da Confederação Brasileira de Basquete. Caso o jogador não consiga fechar com nenhum time, a entidade deve pagar do próprio bolso uma quantia (que gira em torno de R$ 250 mil) para que ele consiga o seguro e defenda a seleção.

Esta não é a primeira vez que Leandrinho se encontra nesta situação. Em 2012, perto da disputa da Olimpíada de Londres, ele também não possuía vínculo com nenhum time da NBA. Assim, a CBB pagou o seguro para que o ala-armador estivesse em condições de jogo.

O Mundial de basquete masculino acontece entre os dias 30 de agosto e 14 de setembro. O Brasil está no grupo A, ao lado da anfitriã Espanha, Irã, França, Sérvia e Egito.