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Brasil faz jogo de altos e baixos e perde para os EUA em Chicago

Do UOL, em São Paulo

17/08/2014 00h03

O Brasil mostrou neste sábado que tem condições de fazer boas partidas contra as principais potências do basquete no Mundial que começa no final do mês e fez um jogo duro contra os Estados Unidos, em Chicago. O problema da equipe continua sendo a sua inconstância, o que resultou no placar mais dilatado, de 95 a 78, após um mau último quarto. 

A equipe já tinha apresentado uma queda no final do primeiro período, o que fez com que os americanos escapassem no placar no começo. A desconcentração do adversário somada a um bom desempenho no segundo e terceiro quartos recolocaram os brasileiros no jogo, quando chegaram a diminuir a desvatagem para dois pontos no segundo quarto, aproveitando-se de uma boa defesa no garrafão e um bom trabalho de bola no ataque. 
 
Só que os problemas nas saídas de bola e na armação em diversos momentos, em uma noite ruim de Marcelinho Huertas, acabaram atrapalhando a atuação do time sul-americano, que viu o oponente conseguir segurar a liderança e abrir vantagem quando imprimiu um ritmo mais forte. 
 
Do outro lado, os Estados Unidos mostraram um velho problema de sua equipe nacional desde que começaram a jogar com suas estrelas na NBA: abrem boa vantagem quando jogam sério, mas perdem a concentração em diversos momentos do jogo, o que, contra a seleções mais fortes, já os deixaram em problemas em competições mais recentes. 
 
De qualquer maneira, a partida ainda valeu para a torcida de Chicago ver em quadra o seu ídolo Derrick Rose, que estava afastado desde novembro por conta de uma lesão no joelho direito. Apesar da partida apagada do armador, sempre que entrava para jogar os fãs se levantavam nas arquibancadas, mostrando o seu apoio. 
 
O Brasil ainda faz mais quatro partidas antes da estreia no Mundial, na Espanha, no dia 30 de agosto, contra a França. Primeiro, disputa um torneio amistoso contra a Lituânia, Eslovênia (donos da casa) e Irã, entre 21 e 23. Em 24, encara o México, em Granada, no seu último amistoso de preparação.
 
1º quarto: Com Marcelinho Huertas, Leandrinho, Nenê, Marcus Vinicius e Tiago Splitter de titulares, o Brasil começou bem, se movimentando bem no ataque, e se mantendo próximo no placar nos primeiros minutos e até mesmo a liderar por 8 a 7. Do outro lado, no entanto, os Estados Unidos, escalado com Stephen Curry, Derrick Rose, James Harden, Anthony Davis e Kenneth Faried, mantinham um bom aproveitamento nos arremessos de longe e seguiram na frente com boas jogadas de contra-ataque, que muitas vezes terminavam em enterradas. A vantagem aumentou nos últimos três minutos do quarto, quando a seleção brasileira, que com o rodízio de jogadores não conseguiu manter o ritmo inicial, cometeu diversos erros consecutivos na saída de bola e os americanos aproveitaram, o que fez o placar ficar em 29 a 15 ao final do período. 
 
2º quarto: Rafael Hettsheimeir marcou cinco pontos longo nos primeiros minutos, trazendo a vantagem para dez pontos. Pouco depois, mostrando o momento de desconcentração do time dos Estados Unidos, Derrick Rose, em frente à sua torcida de Chicago, errou uma enterrada sozinho e viu Larry Taylor acertar um arremesso de três para Brasil no contra-golpe. Mantendo um bom ritmo, os brasileiros chegaram a ficar a apenas dois pontos do adversário, que, vendo sua vantagem diminuir, reagiu na defesa, mas terminou o quarto na frente apenas por oito pontos, com 45 a 37. 
 
3º quarto: O Brasil seguiu fazendo uma boa partida e ao mesmo tempo promover um rodízio entre seus jogadores. Jogando bem na defesa e perdendo menos chances no ataque. Assim, a equipe conseguiu manter a vantagem sob controle, sempre abaixo dos 10 pontos. Os Estados Unidos, também rodando bastante seu time, mostrou dificuldade para superar a defesa brasileira e terminou o período com apenas cinco pontos de vantagem. 
 
4º quarto: Os Estados Unidos voltaram mais concentrados para o quarto final da partida e voltaram a se aproveitar de erros em saídas de bola da equipe brasileira para escapar novamente no placar, abrindo 15 pontos logo nos prímeiros minutos. Os americanos continuaram com um ritmo forte durante todo o quarto enquanto o Brasil se mostrou mais uma vez perdido em quadra e vendo o placar acabar em 95 a 78.