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Brasil sofre no fim, mas bate França e estreia com vitória no Mundial

Do UOL, em São Paulo

30/08/2014 14h52

A seleção brasileira masculina de basquete estreou com vitória no Campeonato Mundial. Com uma forte atuação defensiva, o Brasil derrotou a França neste sábado, por 65  a 63, e começou bem a campanha na competição disputada na Espanha.

O resultado positivo veio de forma suada. Apesar de dominar a partida durante a maior parte do jogo, a equipe brasileira ficou com apenas um ponto de vantagem nos últimos segundos e o placar só foi definido após um lance livre certo de Marquinhos. 

Com o resultado, a equipe comandada pelo técnico Rubén Magnano conquistou seus dois primeiros pontos e divide a liderança do grupo A do torneio com a Sérvia, que derrotou o Egito também neste sábado. A seleção volta à quadra neste domingo, contra o Irã, às 13 horas (de Brasília). 

Mesmo desfalcada de suas principais estrelas, como Tony Parker e Joakim Noah, a atual campeã europeia não se abateu e começou com um ritmo forte. Sentindo um pouco o peso da estreia, o Brasil passou os primeiros minutos tentando se encontrar em quadra e pouco criou. Quando entrou no jogo, a seleção buscou a desvantagem, que chegou a ser 9 pontos, assumiu a liderança no placar.

Apoiado pela torcida espanhola, que adotou o time de Magnano para torcer já que os franceses são grandes rivais, o Brasil mostrou força defensiva no segundo e no terceiro quarto, forçando 16 erros dos adversários. A marcação firme foi essencial para a manutenção no placar. No minuto final, os adversários conseguiram diminuir a diferença para apenas um ponto e utilizaram a tática de colocar os brasileiros na linha do lance livre, mas não foi o suficiente e a seleção deixou Palácio Municipal de Deportes, em Granada, com a vitória. 

Destaque para Marcelinho Huertas, que esteve inspirado e foi o cestinha da partida, com 16 pontos e cinco assistências. Anderson Varejão também esteve bem e ajudou com oito pontos, mesma pontuação de Leandrinho, além de nove rebotes.  Na França, o melhor foi Boris Diaw. Companheiro de Tiago Splitter no San Antonio Spurs, o francês fez 15 pontos. 

Fases do jogo: O Brasil começou sem conseguir marcar o ataque adversário e funcionando pouco ofensivamente. Os pivôs não conseguiram se impor e demoraram a entrar no jogo. Nenê terminou o primeiro quarto zerado, Varejão e Tiago Splitter fizeram um ponto cada. Perdendo por 12 a 3, Magnano pediu tempo, conversou com o time e a desvantagem passou a diminuir em arremessos de longa distância de Leandrinho.

Os brasileiros melhoraram com o passar do tempo, principalmente na defesa, conseguiram a virada e foram para o vestiário vencendo por 28 a 26.

A segunda metade do jogo ficou marcada pela consistência brasileira. O time sofreu com longos “apagões” ao longo da preparação, mas na estreia foi diferente e a equipe atuou com um ritmo forte durante três das quatro parciais do confronto.

O melhor: Marceilho Huertas. Sem brilhar nos jogos de preparação, o armador brasileiro foi destaque na estreia da seleção. Responsável por 16 pontos e cinco assistências, ele ditou o ritmo da equipe, principalmente na segunda metade do confronto. 

O pior: Mackael Gelabale. O francês foi um dos que mais tempo ficou em quadra (27 minutos), mas não conseguiu produzir de forma consistente e contribuiu apenas com nove pontos, além de perder duas posses de bola. 

Toque dos técnicos: Magnano não demorou a fazer a rotação na equipe. Com um tempo logo quando o Brasil parecia perdido no primeiro quarto, o técnico conseguiu “arrumar a casa” e acertou ao dar mais tempo de quadra a Marquinhos no primeiro quarto.

Para lembrar:

Huertas recuperado. Sem brilhar nos jogos de preparação, Marcelinho Huertas se sentiu à vontade na estreia brasileira. O armador fez 16 pontos, foi o cestinha do jogo e distribuiu cinco assistências. 

Melhora no lance livre. Ponto fraco nos amistosos, quando acertou menos de 50%, o lance livre até irritou o Brasil e fez com que o time sofresse no final, mas houve uma melhora e o aproveitamento foi de 58%. 

Outros resultados:

Croácia 81 x 78 Filipinas 

Ucrânia 72 x 62 República Dominicana 

Angola 80 x 69 Coreia do Sul 

Sérvia 85 x 64 Egito 

Turquia 76 x 73 Nova Zelândia 

Eslovênia 90 x 80 Austrália