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Não foi um bom dia para quem os EUA deveriam temer no Mundial

Do UOL, em São Paulo

02/09/2014 18h44

Os Estados Unidos são os favoritos ao título mundial de basquete e apenas os espanhóis acreditam piamente que têm time para tirar a conquista dos rivais. Eles, porém, só podem se enfrentar na final. Até lá, os EUA temerão poucas coisas - e esta terça-feira não foi um bom dia para elas.

A primeira delas vai mais para o lado caricato e curioso do torneio. O haka, tradicional dança maori, é conhecido mundialmente no esporte em razão da seleção da Nova Zelândia de rúgbi, que sempre faz a dança antes de seus duelos.

Claro, o time de rúgbi é formado por jogadores mais fortes e mais temidos que os da seleção de basquete neozelandesa. Isso não impede que os "Tall Blacks" (sim, uma brincadeira com o apelido "All Blacks" do time de rúgbi - tall é alto em inglês) também executem o haka antes de suas partidas.

Assim, os americanos ficaram assistindo ao rivais dançarem de forma intimidadora na quadra segundos antes do tapa inicial. Apesar dos rostos incrédulos dos astros da NBA, ele passaram longe de se assustar: vitória fácil por 98 a 71.

Se do lado caricato não teve susto para os EUA, no lado sério também não. A Lituânia, considerada pela imprensa americana a melhor seleção além dos EUA nas chaves C e D, que se encaram até as semifinais (o site Sheridan Hoops, um dos mais respeitados em análises da NBA, chegou a fazer uma matéria chamando os lituanos de "O outro Dream Team"), foi surpreendida pela Austrália.

Os australianos (que, curiosamente, têm um campeão da última temporada da NBA pelos Spurs no elenco, Aron Baynes, diferentemente dos EUA) tiveram grande atuação e venceram três dos quatro quartos, para triunfarem por 82 a 75.

Para a imprensa dos EUA, a Lituânia seria o único adversário de respeito no caminho até a decisão. Se o basquete apresentado nesta terça for mantido até o resto da competição, dificilmente esse prognóstico se torna realidade. Jonas Valanciunas, pivô lituano que é titular do Toronto Raptors, da NBA, teve apenas 4 pontos e seu time perdeu por 15 com ele em quadra; Donatas Motiejunas, outro pivô da NBA (Houston Rockets), ficou em quadra por apenas 8 minutos e viu seu time perder por 16 pontos nesse período.

Assim, quem poderá assustar aos EUA além da Espanha? Cabe a Eslovênia, única equipe nos Grupo C e D ainda com 100% de aproveitamento além dos EUA, tentarem conquistar esse papel. Na quadra, não dançando.

Resultados do dia

Grupo C: Ucrânia 64 x 58 Turquia
EUA 98 x 71 Nova Zelândia
Rep. Dominicana 74 x 68 Finlândia

Grupo D: Austrália 82 x 75 Lituânia
México 79 x 55 Angola
Eslovênia 89 x 72 Coreia do Sul