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Existe uma altura mínima para enterrar? Norte-americano dá show com 1,65m

Do UOL, em São Paulo

01/12/2014 06h00

Porter Maberry é um jogador de basquete norte-americano conhecido por suas enterradas. Seria um fato banal não fosse por um detalhe: ele tem apenas 1,65m de altura. Você não se impressionou? Saiba, então, que o aro no basquete fica a 3,05m do chão. Hoje, ele é o menor “dunker” (o jogador que enterra, no basquete) do mundo.

A história do baixinho começa em 2012. Jogou basquete no nível colegial em Michigan e recebeu ofertas para jogar no nível universitário. Recusou todas. Decidiu trabalhar. Naquela época, o dinheiro rápido parecia mais interessante para o garoto de família pobre.

Tudo mudou quando ele disputou um torneio de enterradas. Ganhou. Um amigo gravou a performance, o jogador postou o vídeo no Youtube, um grupo de jogadores que faz apresentações acrobáticas replicou as imagens e, da noite para o dia, estava famoso.

 “A primeira coisa que me perguntaram era sobre a minha altura. Não acreditavam que eu tinha só 1,65m”. A dúvida fica por conta dos truques do mundo das enterradas. Muita gente costuma mentir a altura, para aumentar seus feitos. Quando um baixinho aparece fazendo enterradas incríveis, não se espante se ele for cinco, oito, dez centímetros mais alto do que costuma ser.

Maberry, não: é só olhá-lo ao lado de seus concorrentes em torneios de enterradas para ver como ele se destaca. Hoje, o jogador mais baixo da NBA é Nate Robinson, de 1,75. Spud Webb foi campeão do torneio de enterradas em 1986 com 1,70m. O último jogador com a altura de Maberry a jogar na liga foi Earl Boykins, que deixou a NBA em 2012 – e ele era mais conhecido por sua velocidade e precisão nos chutes de três do que por suas enterradas.

O sucesso virtual virou uma carreira profissional. Um mês depois que seu primeiro vídeo viralizou, apareceu em um comercial de celulares (no filme, LeBron James se impressiona ao assistir ao vídeo de Maberry). Foi para Los Angeles e passou a se apresentar em eventos pelo mundo. Foi campeão de um concurso de enterradas no ESPYS de 2013, vice-campeão mundial de enterradas pela Fiba e participou de eventos de marcas esportivas famosas.

Aos 24 anos, é uma vida boa para quem não apostava mais no basquete. Dos 18 aos 21 anos, ficou longe das quadras. Trabalhou em lojas de roupas, carregou mercadorias em armazéns. Um dia, em uma pelada com os amigos, tentou uma enterrada e percebeu que estava saltando bem mais alto do que no passado. “Quando pulei, senti uma coisa diferente. Todos que estavam na quadra me olharam perguntando ‘O que você está fazendo?’” Quem o vê enterrando hoje em dia segue perguntando a mesma coisa.