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Basquete quer CT pronto para 2016, mas obras não têm data para começar

Perspectiva de como ficará o centro de treinamento a ser erguido em Pindamonhangaba - Divulgação
Perspectiva de como ficará o centro de treinamento a ser erguido em Pindamonhangaba Imagem: Divulgação

Fábio Aleixo

Do UOL, em São Paulo

26/03/2015 12h00

A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) anunciou no início deste mês um ambicioso projeto para construção de um Centro de Treinamento da modalidade na cidade de Pindamonhangaba (SP). A ideia é que a preparação das seleções masculina e feminina para os Jogos Olímpicos de 2016 já seja feita no local. Mas há um empecilho para isso, e dos grandes.  Até o momento, não há data prevista para início das obras, o que pode colocar por água abaixo o planejamento da entidade e da Fundação Universitária Cristã (Funvic), parceira na empreitada.

A CBB e a Funvic ainda estão no mercado em busca de empresas dispostas a investir na construção do CT. O projeto, orçado em pouco mais de R$ 50 milhões, já foi aprovado pelo Ministério do Esporte para captação dos recursos via Lei de Incentivo – quando empresas destinam parte do imposto a pagarem projetos específicos. Até agora, nenhum parceiro foi anunciado.

A primeira fase do projeto, orçada em R$ 26 milhões, prevê a construção de alojamentos e quatro quadras de treinos. Quando ela estiver concluída, as seleções já poderão ocupar o espaço. A segunda fase, que consumirá R$ 24 milhões, envolve a elevação de um hotel, refeitório, academia e uma arena com capacidade para 4 mil espectadores. O terreno de 30 mil metros quadrados já foi cedido pela Funvic, que tem a sua sede em Pindamonhangaba, localizada a cerca de 140 quilômetros de São Paulo.

“Não existe definição de datas de início e término das obras, neste momento. O projeto foi desenvolvido em duas fases, de forma que ao captarmos 20% do valor estimado da primeira fase, as obras serão iniciadas. Iniciamos conversas com potenciais investidores mesmo antes da aprovação do projeto. As perspectivas são ótimas e estamos muito confiantes em poder iniciar as obras em muito breve”, afirmou ao UOL Esporte Edio Soares, diretor executivo da CBB.

O otimismo é compartilhado por Matheus Moreira, gerente de projetos da Funvic. Mas ele também evita cravar uma data para o início das obras.

“A expectativa é mesmo de que a primeira fase seja concluída até a Olimpíada, apesar de não haver uma data de início para as obras. Estamos com conversas adiantadas com várias empresas e nas próximas semanas conseguiremos anunciar o principal patrocinador. Teremos quase um ano para entregar as primeiras instalações, o que é tempo suficiente”, afirmou.

A parceria firmada entre CBB e Funvic tem 25 anos de duração, podendo ser prorrogado. A Confederação utilizará o espaço para eventos, treinamentos das seleções de base e principal. A Funvic será a responsável por todos os gastos referentes à parte operacional e de manutenção do espaço. O CT será erguido ao lado do campus da faculdade.

“A Funvic investe no esporte há mais de dez anos e tínhamos o interesse de fazer um CT. Então procuramos a CBB que sempre teve este interesse. As conversas foram muito boas desde o começo”, disse Matheus.

Caso o CT saia mesmo do papel, a CBB conseguirá contar com uma estrutura semelhante a que a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) possui em Saquarema (RJ) desde 2003. O modelo adotado pelo vôlei sempre foi admirado por Carlos Nunes, presidente da CBB. A construção de um centro de treinamento, inclusive fazia parte de suas propostas na campanha que o levou a presidência em 2009.

"Muito embora a experiência do vôlei seja sempre uma referência, o conceito de um lugar onde se tenha a disposição toda a infraestrutura para concentrar atletas e profissionais, permitindo que o pensamento esteja, exclusivamente, em desenvolvimento de treinos é a aspiração de confederações e clubes, em qualquer modalidade. Para nós, pretendemos utilizar o CT não só para a preparação de seleções, embora seja o foco principal. Pretendemos o desenvolvimento da modalidade através do desenvolvimento de atividades que venham a disseminar novas e boas práticas esportivas”, explicou Edio Soares.

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