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Ele joga basquete no Flamengo e a mãe que ser presidente da Argentina

Laprovíttola em ação com o Flamengo durante partida do NBB - Gilvan de Souza/Flamengo
Laprovíttola em ação com o Flamengo durante partida do NBB Imagem: Gilvan de Souza/Flamengo

Fábio Aleixo

DO UOL, em São Paulo

18/04/2015 06h00

Nicolás Laprovíttola é um dos jogadores mais importantes do time do basquete do Flamengo e um dos mais promissores armadores da Argentina, tendo já disputado Copa Américas e Mundial. Mas em sua terra natal, está longe de ter a popularidade que tem a sua mãe.

Nico – como é conhecido – é filho de Margarita Stolbizer, uma das políticas mais influentes do país vizinho e que agora irá concorrer à presidência nas eleições marcadas para o dia 25 de outubro.

“Não há duvidas que minha mãe é mais famosa que eu. Vivo um bom momento na minha carreira, mas ele tem muitos mais anos dentro da política, é muito respeitada na Argentina e tem muitos seguidores fiéis”, disse Laprovíttola, de 25 anos, ao UOL Esporte.

Em muitas transmissões de basquete na Argentina, narradores, inclusive, se referem ao atleta como “o filho de Margarita”.

Margarita, de 60 anos, é líder e fundadora do partido GEN (Geração para um Encontro Nacional). Atualmente, cumpre seu quarto mandato como deputada federal e já teve três candidaturas fracassadas ao Governo da Província de Buenos Aires.

Stolbizer - Reprodução - Reprodução
Margarita Stolbizer é deputada federal na Argentina
Imagem: Reprodução

“Minha mãe se lançou candidata e é uma boa oportunidade para a Argentina. Não porque ele é a minha mãe, mas sim porque dedicou toda a sua vida à política e fez muito esforço. Não será fáicl a luta dela, mas acredito que tem sim a possibilidade de ganhar”, afirmou Laprovíttola.

Apesar da longa caminhada política da mãe, o tema não é um dos favoritos do atleta. Apesar de apoiar sua genitora e divulgar a campanha à presidências em seu perifl nas redes sociais, Lapprovítola diz que a política não é um assunto recorrente nas conversas familiares.

“Sou uma pessoa que agora não está muito interessada na política, só tento seguir os passos e questões que têm a ver com a minha mãe. Penso muito mais no basquete e na minha casa se fala mais de esportes do que política, sem dúvidas. Tenho dois irmãos que jogam basquete também em outros níveis na Argentina. Assim que falamos mais da liga argentina, do NBB, da NBA do que de política”, disse o jogador.

Apesar de não ser muito ligado em política, o armador comentou as manifestações que aconteceram recentemente no país contra a corrupção e a presidente Dilma Rousseff e disse estar acostumado a isso.

“As manifestações na Argentina acontecem com muito mais frequência do que aqui, mas as que foram realizadas no Rio reuniram muita gente e pararam a cidade por completo”, afirmou.

Se procura não se envolver com política, na quadra de basquete Laprovíttola se sente à vontade. Na atual edição do NBB tem médias de 11,6 pontos e 5,6 assistências por partida e ajudou o Flamengo a terminar na terceira posição da fase de classificação – nos playoffs enfrentará o São José.

No ano passado, ele foi eleito o melhor armador do NBB e MVP (Jogador Mais Valioso) da Copa Intercontinental contra o Maccabi Tel Aviv. Os bons desempenhos fazem o jogador acreditar em uma convocação para a Olimpíada caso a Argentina consiga a classificação – a primeira chance para isso será o Pré-Olímpico de Monterrey (MEX), em setembro.

“É um lindo sonho poder jogar a Olimpíada do Rio em 2016. Ainda mais por ser em uma cidade a qual me acostumei muito rápido onde tenho muitos amigos. Tenho este como o meu objetivo pessoal, certamente. Mas temos antes de conseguir a classificação”, disse o atleta que está no Flamengo desde 2013.