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Oscar é homenageado pelos Nets, franquia que o escolheu no Draft-84 da NBA

Oscar 3 - Divulgação / Brooklyn Nets - Divulgação / Brooklyn Nets
Imagem: Divulgação / Brooklyn Nets

Do UOL, em São Paulo

13/02/2017 22h31

Oscar Schmidt foi homenageado pelo Brooklyn Nets na noite desta segunda-feira (13), no ginásio Barclays Center. O brasileiro entrou em quadra antes de a bola subir para o jogo da equipe contra o Memphis Grizzlies, foi saudado pelo público e recebeu uniforme da franquia com o número 14 e o sobrenome Schmidt às costas. 

Oscar 1 - Reprodução / Netshoes / NBA - Reprodução / Netshoes / NBA
Imagem: Reprodução / Netshoes / NBA

Oscar 2 - Reprodução / Netshoes / NBA - Reprodução / Netshoes / NBA
Imagem: Reprodução / Netshoes / NBA

A NBA incentiva e faz parcerias com os times para aproximar o esporte da bola laranja das populações latinas - normalmente, os países escolhidos são México e Porto Rico. Na esteira disso, os Nets promoveram a "noite da herança brasileira", com Oscar como atração principal. Foi a primeira vez que o Brasil protagonizou um evento do tipo na liga. 

Oscar tirou fotos ao lado de Luis Scola, estrela da equipe, e de Kenny Atkinson, o treinador. Ele foi apresentado ao público com vídeo no telão do ginásio, que passou imagens do atleta por clubes e, principalmente, pela seleção. O locutor dos Nets o saudou lembrando que o brasileiro é membro do Hall da Fama do basquete e maior pontuador dos Jogos Olímpicos. 

O ex-jogador não discursou e nem deu entrevista em quadra. Antes da homenagem, em bate-papo com a ESPN, festejou o dia e disse que "uma homenagem dessas, depois de 30 anos, não é para qualquer um".

Em 1984, o "Mão Santa" foi escolhido no Draft pelos Nets (então New Jersey Nets) para jogar na NBA, mas recusou o contrato porque precisaria deixar de atuar pela seleção brasileira para ingressar na liga. À época, por regra, os jogadores da NBA eram impedidos de defenderem seus países - tal determinação caiu em 1989.

Os eventos desta segunda começaram cedo para Oscar, que passou por sessão de autógrafos na loja da franquia e entrou no ginásio no fim da tarde, antes da homenagem, acompanhado pelo argentino Scola, declaradamente seu fã. "Ele era um grande herói para mim", disse Scola, ao site dos Nets. "Nós tivemos a chance de conversar um pouco no Mundial de 1990 [jovem, o argentino foi gandula na competição realizada em seu país natal], então obviamente será emocionante para mim vê-lo outra vez", prosseguiu.

"Será um bom dia. Terei a chance de conversar com ele, vê-lo, e talvez tirar outra foto, isso tudo 30 anos depois". Scola conta que no Mundial de 1990 tirou três fotos com Oscar, mas duas queimaram no filme. 

Foi só a primeira homenagem a Oscar nesta semana. Na próxima sexta-feira (17), na abertura do All-Star Game, em Nova Orleans, Oscar participará do Jogo das Celebridades. Ele se aposentou em 2003 sem nunca ter atuado na NBA durante toda a carreira, que teve início na década de 1970. 

O "Mão Santa" afirma que não se arrepende da decisão de privilegiar a seleção brasileira em relação à NBA, e os números que alcançou sustentam esse posicionamento: com 49.737 pontos, é o maior cestinha da história do esporte, superando por mais de 3 mil pontos o segundo colocado, Kareem Abdul-Jabbar (46.725), ex-Bucks e Lakers. 

Oscar fez sua carreira nos clubes: atuou no Brasil por equipes como Palmeiras, Sírio, Mackenzie, Corinthians e Flamengo, e também foi astro no basquete italiano e espanhol.

Na seleção, liderou a conquista do ouro nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis (EUA), sobre os anfitriões, em 1987, três anos depois de rechaçar a proposta dos Nets. Foi o título que lhe deu fama internacional. 

Derota dos Nets

Após a homenagem, os Nets seguiram sua rotina de derrota - 13ª consecutiva. O principal nome da franquia nova-iorquina foi Brook Lopez, com 17 pontos. Já o cestinha foi Mike Conley, dos Grizzlies, com 32 pontos.