Topo

"Melhor que Curry"? Lakers apostam em filho de falastrão para guiar time

Lonzo Ball, escolhido pelos Lakers no Draft, em treino pela franquia - Sean M. Haffey/Getty Images/AFP
Lonzo Ball, escolhido pelos Lakers no Draft, em treino pela franquia Imagem: Sean M. Haffey/Getty Images/AFP

Do UOL, em São Paulo

23/06/2017 10h38

Selecionado na segunda escolha do Draft de 2017, realizado nessa quinta-feira (22), Lonzo Ball é a aposta da nova gestão do Los Angeles Lakers para colocá-la de volta na briga pelos títulos. Com potencial midiático, o jovem armador chega à franquia predileta de astros de Hollywood por sua localização badalado e pressionado pelas declarações de seu pai falastrão, que disse que ele é melhor que Stephen Curry.

Ball era, ao lado de Markelle Fultz, o candidato mais badalado deste Draft. Se dentro da quadra foi superado pelo colega, que foi selecionado em primeiro pelo Philadelphia 76ers, fora dela o reforço dos Lakers se solidificou como jogador mais midiático do recrutamento de calouros da liga profissional americana.

O pai do armador teve papel importante para torná-lo o jogador mais badalado do Draft. LaVar Ball arrancou grande atenção da imprensa americana com declarações polêmicas. Primeiro, disse que esperava que alguma empresa pagasse um bilhão de dólares para patrocinar seus três filhos – Lonzo, LiAngelo e LaMelo. Não chegou a acordos com Nike, Adidas e Under Armour e lançou sua própria marca, a Big Baller Brand.

O pai de Ball ainda disse venceria Michael Jordan, considerado o maior jogador de basquete de todos os tempos, no um contra um e que seu filho é melhor que Stephen Curry, destaque do Golden State Warriors, atual campeão da NBA.

Mas não foi só o pai falastrão que colocou Ball em evidência. Com apenas 19 anos de idade, o jovem armador acaba de completar sua primeira temporada no basquete universitário americano, na qual apresentou médias de 14,6 pontos, 7,6 assistências e seis rebotes em 35,1 minutos por jogo defendendo as cores do UCLA Bruins. Foi o líder de passes decisivos da sua liga, a mais importante dos Estados Unidos.

Com boas atuações, Ball foi eleito para o time ideal da liga. Também foi eleito o melhor novato de sua conferência e integrou a seleção ideal dela.

O mesmo potencial midiático que aumentou a atenção sobre Ball também deve fazer a pressão sobre ele ser maior do que a que os demais novatos vão enfrentar. Segundo maior campeão da história da NBA com 16 títulos, o time de Los Angeles não vence a liga desde 2010. Se não bastasse, o rival Boston Celtics, que lidera a estatística com 17 troféus, chegou à final da Conferência Oeste neste ano, enquanto os Lakers nem sequer se classificaram para os playoffs.

A tradição dos Lakers faz com que a franquia saia em vantagem na briga por grandes jogadores. Shaquille O’Neal e Pau Gasol, pivôs campeões pelo time, por exemplo, foram contratados de Orlando Magic e Memphis Grizzlies, respectivamente. O lado ruim é que apostar no desenvolvimento de jovens jogadores selecionados no Draft, processo que demanda tempo e paciência, não seja do feitio dos angelinos.

Entre os candidatos escolhidos mais recentemente dos Lakers, os jogadores que mais obtiveram sucesso pela franquia foram o armador Derek Fischer, selecionado na 24ª escolha do Draft de 1996, e Andrew Bynum, selecionado na décima escolha em 2005.

Kobe Bryant, selecionado na 13ª escolha em 1996, também chegou aos Lakers via Draft, mas a escolha pertencia originalmente ao Charlotte Hornets.

O também armador D’Angelo Russell foi selecionado na segunda escolha do Draft de 2015 como projeto para o futuro da franquia, foi trocado nessa terça-feira (20) para o Brooklyn Nets. Tudo para abrir espaço para Ball na posição. Mas mostra também para o jovem que a pressão deve superar a paciência em Los Angeles.