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Como Jamelli ajuda técnico na busca pelo título inédito do NBB

Guerrinha, técnico do Mogi, orienta o time durante tempo técnico - Divulgação/LNB
Guerrinha, técnico do Mogi, orienta o time durante tempo técnico Imagem: Divulgação/LNB

Lucas Pastore

Do UOL, em São Paulo

15/12/2017 09h35

Vice-líder do Novo Basquete Brasil (NBB) com sete vitórias e apenas uma derrota, o Mogi das Cruzes/Helbor teve um trunfo na preparação para a temporada 2017/2018 do nacional de basquete. Trata-se do investimento profissional do técnico Guerrinha, que procurou Jamelli durante as férias e se tornou cliente do ex-jogador de futebol com passagens por Santos e São Paulo, agora profissional de coaching.

Ex-armador da seleção brasileira de basquete, Guerrinha tem como maior conquista na carreira de treinador a Liga das Américas de 2015, quando foi campeão comandando o Bauru. Agora, com Mogi, tenta levantar pela primeira vez o troféu do NBB.

Antes do início da temporada 2017/2018, Guerrinha começou uma nova experiência de olho no crescimento de sua carreira. O técnico se tornou cliente de Jamelli, que desde o fim do ano passado investe no coaching como ganha-pão.

"Para mim foi uma surpresa agradável. Conheci o Jamelli há um tempo. Morou no Japão, na Espanha. Tem um relacionamento bom no nível competitivo. Agrega coisas diferentes. É legal aprender essas coisas e trocar experiências. A troca e o ganho são muito grandes", disse Guerrinha, ao UOL Esporte.

Jamelli ex-dirigente do Santos - Folhapress  - Folhapress
Imagem: Folhapress

A interação também é desafiadora para o ex-santista. Guerrinha é um dos principais clientes de Jamelli, o que aumenta o nível de exigência em relação à nova profissão.

"Guerrinha é um nome com história no basquete, um nome de Olimpíada. É um desafio grande porque está em uma posição de liderança. Desafio que eu estou gostando. Aprendo muito. É uma troca enriquecedora. Ele tem objetivos bem altos, não consegue ficar sentado, e é por isso que tem esse sucesso", elogiou, também ao UOL Esporte.

Quando chegou ao Mundial Interclubes como campeão da Liga das Américas, Guerrinha chegou a vencer o Real Madrid no jogo de ida com o Bauru, mas acabou com o vice-campeonato na competição. De qualquer modo, o nível de atuação de seu time chamou a atenção, e o treinador entrou definitivamente para qualquer lista dos melhores do país.

Mesmo assim, Guerrinha decidiu buscar em Jamelli possíveis detecções de erros que ele não conseguia enxergar para dar sequência ao seu crescimento profissional.

"O principal objetivo é melhorar o que às vezes você não tem capacidade de captar. Outra pessoa pode detectar coisas que você acha que estavam assim e estão assado. Sozinho você não vê. O grande barato da vida é se relacionar, aprender", declarou o técnico do Bauru.

Apoiador declarado de Guy Peixoto, presidente da Confederação Brasileira de Basquete, Guerrinha chegou a ser especulado como futuro técnico da seleção antes da contratação interina de César Guidetti e a importação de Aleksandar Petrovic. Agora, tem a missão de tentar levar o forte time do Mogi ao título do NBB.

A temporada promete ser de muita pressão para Guerrinha. Mas o técnico diz nunca ter tido problema para trabalhar sob pressão e nega que esse tenha sido o motivo do contato com Jamelli.

"Desde os 16 anos, quando estreei no adulto do basquete de Franca, comecei a trabalhar sob pressão. Sempre passei na minha vida em várias situações competitivas, playoffs, seleção", relembrou.

Para Jamelli, a pressão está em montar um programa de acordo com as necessidades de Guerrinha, cliente que tem um objetivo tão importante quando o time do NBB.

"Depende da situação da pessoa. Às vezes, sai de uma situação que está para uma em que quer chegar. Às vezes, quer se preparar para alguma coisa, deixar de jogar, ou voltar de lesão o mais rapidamente e melhor possível", explicou.

Colocando em prática a nova experiência, Guerrinha comanda o Mogi neste sábado (16), em casa, contra o Bauru, em jogo marcado para as 14h (de Brasília). A ex-equipe do técnico ocupa a quinta colocação no NBB.