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Empresário de Pacquiao diz que luta com Mayweather está cancelada

Das agências internacionais

Em Los Angeles (EUA)

07/01/2010 07h24

O sonho de assistir ao combate mais esperado dos últimos anos – e provavelmente o mais rico da história – ficou para trás. O duelo entre Floyd Mayweather Jr. e Manny Pacquiao está definitivamente cancelado, segundo afirmou o empresário do filipino.

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    Pacquiao, acima, e Mayweather não se enfrentarão em março

Os promotores de ambas as partes tiveram longas reuniões – uma de nove horas na terça-feira -, mas não resolveram suas diferenças. O norte-americano e o filipino, os maiores lutadores da atualidade entre todas as categorias de peso, iriam se enfrentar no MGM Grand, em Las Vegas, mas o método de controle antidoping freou um acerto que já era dado como definitivo para a realização do evento.

Arum disse, segundo a agência AP, que “não há chance de salvar este combate para março, ele não deve ocorrer jamais”.

Novo encontro foi realizado entre os times na quarta-feira e, segundo o empresário Bob Arum, a definição favorável não ocorreu. “O combate está cancelado. Eu sabia que isso ia ocorrer”, lamentou o norte-americano, um dos maiores promotores do boxe atualmente. “Eu falei isso por anos: ele [Mayweather] é um covarde que não quer lutar com qualquer lutador que tenha a mínima chance de derrotá-lo. Isso aconteceu quando ele não cedeu a revanche para Oscar de la Hoya.”

Apesar de ele não dar os detalhes da conversa, a discussão maior era sobre os exames antidoping, aspecto que a equipe de Mayweather se mostrou irredutível em mudar.

O norte-americano pediu para que Pacquiao fosse testado de forma surpresa, não só colhendo amostras de urina, mas também de sangue, um controle mais rígido contra o uso de substâncias ilícitas. O filipino, no entanto, dispôs-se a realizar apenas três exames: um 30 dias antes da luta, um nos dias anteriores ao combate e o terceiro logo depois do duelo. Além disso, aceitou fazer testes ilimitados de urina.

Sabia que isso ia ocorrer. Mayweather é um covarde que não quer lutar com qualquer lutador que tenha a mínima chance de derrotá-lo. Isso aconteceu quando ele não cedeu a revanche para Oscar de la Hoya, em 2007.

Pacquiao, recordista com sete títulos em sete categorias diferentes no boxe, afirmou que poderia se sentir enfraquecido se passasse por um grande número de exames de sangue durante o mês do combate. Para Mayweather, foi suficiente para acusações de que o rival se dopa – acusações estas que o filipino levará para a Justiça.

Floyd Mayweather Jr., que recentemente voltou de uma aposentadoria precoce e se mantém invicto como profissional em 40 lutas, foi empresariado pela Top Rank, de Bob Arum, no passado. Hoje em dia ele trabalha com a Golden Boy Promotions, de Oscar de la Hoya, uma de suas vítimas.

O duelo entre os pugilistas era esperado para ser o mais rico da história, com uma estimativa de arrecadação de US$ 25 milhões em vendas de pay-per-view. Mayweather voltou aos ringues sob a expectativa justamente de enfrentar Pacquiao (50 vitórias, 3 derrotas e 2 empates), já que deixou o boxe por dizer que não tinha adversários à sua altura. Ele venceu Juan Manuel Marquez em setembro, enquanto Pacquiao vem de triunfo contra Miguel Cotto em novembro.

Agora, Arum tentará colocar Pacquiao frente a frente com Yuri Foreman, campeão dos médios ligeiros. Seria a tentativa do oitavo título em categorias diferentes para o filipino, que começou a lutar com 48 kg e poderia chegar a 69,9 kg para este combate. Já Mayweather é cotado para uma luta com o ex-campeão Paulie Malignaggi, que também tem conversas para desafiar Pacquiao.