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Cuba anuncia retorno do boxe profissional após mais de 50 anos

Guillermo Rigondeaux foi um dos atletas que deixou Cuba após ser campeão olímpico - EFE/Alejandro Ernesto
Guillermo Rigondeaux foi um dos atletas que deixou Cuba após ser campeão olímpico Imagem: EFE/Alejandro Ernesto

Das agências internacionais

Em Havana (Cuba)

31/05/2013 22h12

Cuba anunciou nesta sexta-feira que o país voltará a ter boxe profissional. A decisão foi tomada ao confirmar a participação no Campeonato Mundial de Boxe (WSB, sigla em inglês), que dará US$ 500 mil ao campeão.

“Esse é o nascimento da franquia cubana. Cuba é um dos melhores países do mundo no boxe e sua participação na WSB será espetacular”, disse Bouzidi, ao confirmar que os cubanos participarão da quarta edição do evento em novembro deste ano.

Do lado de Cuba, Alberto Puig, presidente da Federação Cubana, ficou responsável por anunciar o acordo e inscrever os 20 melhores atletas do país no evento.

O dirigente confirmou que os boxeadores cubanos farão treinamento no Coliseu da Cidade Desportiva, em Havana, e cobrarão para suas lutas, sem revelar valores.

No WSB, os boxeadores recebem um salário mensal entre US$ 1 mil e US$ 3 mil dólares, além da premiação de US$ 500 a US$ 2 mil pelo desempenho.

O quarto Campeonato Mundial de Boxe terá 30 vagas para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Além de Cuba, o torneio terá lutadores de México, EUA, Argentina, Itália, Alemanha, Azerbaijão, Ucrânia, Rússia, Polônia, Argélia, Cuba e Cazaquistão, atual campeão.

Será a primeira vez que o torneio contará com as dez categorias olímpicas. A única restrição para inscrição de um lutador é que ele não tenha mais de 20 lutas em outros eventos.

O país não contava com boxe profissional desde 1962. Desde então, Cuba acompanhou muitos atletas deixarem a nação para conseguir se profissionalizar na modalidade, como é o caso de Guillermo Rigondeaux e Yuriolkis Gamboa, campeões olímpicos.