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Klitschko diz não pensar em boxe enquanto 'irmãos' morrem na Ucrânia

Do UOL, em São Paulo

02/03/2014 10h00

Wladimir Klitschko é atualmente um dos principais nomes da Ucrânia e lutador não se esconde no conturbado momento político que vive seu país. Perto de defender mais uma vez seu cinturão de campeão mundial dos pesos pesados, o boxeador admite ser difícil pensar na luta neste momento.

Klitschko tem buscado apoio no Ocidente para tentar evitar uma guerra em seu país, já que parece cada vez mais próxima uma intervenção militar da Rússia na Ucrânia.

Vitali, irmão mais velho de Wladimir e também campeão mundial de boxe no Conselho Mundial de Boxe (WBC), tem sido um dos mais ativos na oposição ao governo do presidente deposto Viktor Yanukovych. Os protestos já deixaram mais de 80 mortos e 700 feridos.

“Como posso sequer pensar em boxe quando meus compatriotas e mulheres estão sendo assassinados nas ruas de Kiev? É terrivelmente triste. Eu quero demonstrar meu respeito aos torturados e espancados, aos presos e aos que foram mortos. Morrem como heróis”, disse Wladimir Klitschko ao jornal inglês “Daily Mail”.

“Nunca estive tão orgulhoso do meu país como estou agora. E isso continuará até o fim dos meus dias”, completou.

Enquanto Vitali luta nas ruas da capital ucraniana, Wladimir busca apoio na Europa ocidental e nos Estados Unidos, como os de Bill Clinton, George Clooney e Arnold Schwarzenegger.

A próxima defesa de cinturão de Klitschko será no dia 26 de abril contra o australiano Alex Leapai, na Alemanha. O ucraniano espera que seu combate possa unir os ucranianos para que uma solução política seja encontrada sem a divisão do país. “O esporte tem o poder de unir”, disse ao jornal inglês.