Noitada com 'luta do ano B' do boxe tem desfigurado e vitórias brasileiras
Se no dia 2 de maio o mundo vai parar para assistir a Floyd Mayweather Jr. contra Manny Pacquiao, neste sábado houve uma espécie de “luta do ano B”, com um aguardado duelo entre Lucas Matthysse, da Argentina, e Ruslan Provodnikov, da Rússia. O primeiro levou a melhor, por pontos, deixando o rival desfigurado, numa noitada que ainda teve duas importantes vitórias de revelações brasileiros.
Se a promessa já era de uma grande luta, o que se viu no ringue entregou o que se esperava. O combate não valeu cinturão, mas teve ingredientes de emoção, devido ao histórico de mãos pesadas, técnica apurada e combates emocionantes da dupla, grandes nomes do meio-médio ligeiro.
A vitória de Matthysse, sua 37ª em 40 lutas, veio pelo apertado placar em que dois árbitros lhe deram 115-113 e um terceiro assinalou empate de 114-114.
Ao fim do combate, Matthysse havia tentado 1034 golpes, com 327 acertos, contra 755 de Provodnikov, que atingiu o rival 201 vezes.
No começo da luta, o argentino foi melhor, mas sempre sendo respondido à altura. No segundo round, uma cabeçada acidental cortou o russo. “Eu estava batendo pesado, mas ele é uma rocha. Ele tomou muitos golpes duros, até machuquei a mão”, disse Matthysse.
O quarto round foi um dos melhores, com ambos tendo sucesso nas suas tentativas. O russo teve alguns melhores momentos, principalmente nos rounds finais, e o último assalto teve o público assistindo à luta de pé. Provodnikov acabou a luta já pedindo revanche. “Me deem um contrato, eu assino”.
Novo protegido de De La Hoya e sobrinho de Popó vencem
A noitada de boxe em Verona, Nova York, ainda teve dois brasileiros em ação. Patrick Teixeira, uma revelação de 24 anos e grande valor fez sua estreia desde que se juntou à empresa de promoções de Oscar de la Hoya.
Ele precisou de apenas dois rounds para vencer Patrick Allotey, um rival que vinha com excelente cartel de 30 vitórias e uma derrota. Com o resultado, o Patrick brasileiro chega a 25 vitórias, com 21 nocautes.
Já o sobrinho de Popó, Vitor Jones Freitas, encarou Guillermo Sanchez e conquistou sua nona vitória em dez lutas. Ele manteve a invencibilidade – seu único combate sem vitória foi um “no contest” por conta de um doping. O triunfo veio por pontos, após seis assaltos.
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