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Campeão do boxe admite uso de muita cocaína e diz: "não quero mais viver"

EFE/Rolf Vennenbernd
Imagem: EFE/Rolf Vennenbernd

Do UOL, em São Paulo

05/10/2016 07h17

Atual campeão do peso pesado da Associação Mundial de Boxe (WBA) e da Organização Mundial de Boxe (WBO), o britânico Tyson Fury concedeu uma entrevista à revista “Rolling Stone” na qual contou a sua luta contra a depressão e a dificuldade em largar o vício em cocaína. Ele chegou a dizer que não quer mais viver.

“Eu fiz muitas coisas na minha vida. Usei muita cocaína. Muita. Por que eu não deveria usar? A vida é minha, não é? Posso fazer o que quiser. Sim, eu usei muita cocaína. Muita gente também usou cocaína. Que p... isso tem a ver? Não é uma droga que melhora o desempenho. Não tenho permissão para ter uma vida agora? Eles querem tirar de mim a vida pessoal?”, disse o boxeador de 28 anos.

Tyson Fury foi pego em um exame antidoping por uso de cocaína e chegou a anunciar a aposentadoria nesta semana. Porém, ele voltou atrás em sua decisão e afirmou que voltará a disputar o cinturão assim que se recuperar do problema que está relacionado a uma severa depressão.

“Não tenho ido treinar há meses. Passei por uma depressão. Eu apenas não quero mais viver. Estou farto disso. Eles me forçam ao limite. Eu não quero mais viver. Então a cocaína é algo muito menor em relação a não querer viver”, afirmou.

Recentemente, Tyson Fury havia desistido de uma revanche com o ucraniano Wladimir Klitschko por estar "medicamente inapto". Na última semana, o lutador foi notificado que foi pego em um teste surpresa de urina da Associação de Antidoping Voluntário (Vada) coletado no último dia 22 de setembro.

Fury é dono dos cinturões da WBA (Associação Mundial de Boxe), WBO (Organização Mundial de Boxe), IBO (Organização Internacional de Boxe) e da tradicional revista The Ring.

Os títulos foram conquistados em dezembro de 2015, após uma luta de 12 rounds contra Wladimir Klitschko, vencida por decisão unânime. O ucraniano foi dominante entre os pesados por mais de uma década, tendo sofrido sua última derrota em abril de 2004.