Topo

Ciclista ex-campeão que caiu no doping vira empresário vendendo maconha

Landis perdeu o título do Tour de France de 2006 por culpa do doping - Tina Fineberg/AP
Landis perdeu o título do Tour de France de 2006 por culpa do doping Imagem: Tina Fineberg/AP

Do UOL, em São Paulo

30/06/2016 06h00

O ex-ciclista Floyd Landis, punido por doping em 2006 e um dos responsáveis pelo escândalo que acabou com a carreira de Lance Armstrong, decidiu mudar radicalmente de ramo. A partir deste mês, começará a vender maconha para uso medicinal nos Estados Unidos. Com a imagem associada ao mundo negativo dos trapaceiros do esporte, ele agora diz que sua preocupação é oferecer alternativas aos remédios tradicionais.

O negócio de Landis será inaugurado no Colorado, onde o cultivo, a posse e o consumo de maconha são permitidos para maiores de 21 anos. Com o mercado em forte crescimento, o ex-ciclista quer usar sua fama para alavancar o desempenho da empresa.

“O uso terapêutico da maconha não pode ser ignorado. Por anos recorrei a analgésicos para tratar minha dor no quadril. Com maconha, acho que posso controlar minha dor e ter mais qualidade de vida. Precisamos dar uma alternativa mais segura às pessoas”, disse o americano em um comunicado oficial.

Landis ficou famoso mundialmente em 2006 ao conquistar o Tour de France, a mais tradicional prova de ciclismo de estrada. No mesmo ano, no entanto, um exame antidoping apontou alta taxa de testosterona. Landis só confessou ter recorrido ao doping em 2011, quando acusou outros ciclistas de fazerem o mesmo, incluindo seu compatriota Lance Armstrong.

O ex-ciclista afirma ainda que seus produtos, comestíveis ou para serem consumidos em forma de vapor, são elaborados “cuidadosamente por farmacêuticos licenciados para aumentar os benefícios da maconha”.

Nos exames antidoping de Landis cujos resultados deram positivo, a maconha e seus derivados não estavam presentes. O americano fazia transfusões de sangue e usava hormônios para melhorar seu desempenho nas provas de ciclismo. Agora, no entanto, o ex-ciclista não só consome a maconha de maneira terapêutica, como a comercializa e a defende.