A Alemanha teve a posse de bola e o Brasil teve Ronaldo

Brasil e Alemanha. Um jogo no qual todos pensavam que o futebol brasileiro ia ser superior ao dos alemães.

Todos sabemos que este Brasil, o dos atacantes habilidosos, depende da inspiração de seus homens de frente.

Os alemães jogaram com muita dedicação e realmente foram muito superiores aos brasileiros. Tiveram a posse de bola no meio-campo, mas lhes faltou definir as jogadas.

Apesar de não terem a posse de bola, os sul-americanos tiveram as melhores chances de gol. Ronaldo ficou três vezes mano a mano com o goleiro, mas o grande Oliver Khan saiu ganhando.

O segundo tempo começou da mesma forma, com a Alemanha no ataque e o Brasil procurando o contra-ataque, até que chegou o, para os europeus, fatídico minuto 66: Rivaldo perto da área e entre dois jogadores mandou um chute fortíssimo que Khan não conseguiu segurar e, no rebote, Ronaldo marcou.

É estranho que o considerado melhor goleiro do mundo possa cometer um erro tão garrafal. O pior estava por vir para os alemães, pois no minuto 78 acabou a partida com uma jogada na qual Rivaldo abriu as pernas para que o artilheiro do Campeonato recebesse sozinho. Ronaldo, com um toque suave, executou os alemães.

Apesar de os alemães tentarem na virilidade, foi impossível. A sorte não acompanhou o time que teve a posse de bola, mas o que soube aproveitar suas chances no momento certo.

Parabéns ao grande campeão. Também parabéns separadamente a esse grande jogador que, depois de dois anos tentando se recuperar, volta a demonstrar que é um craque: Ronaldo. O melhor jogador do mundo.


Kempes escreve diariamente no UOL na Copa;
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Um dos maiores jogadores da história do futebol argentino, o atacante Mario Kempes iniciou sua carreira no Rosario Central, em 1972. Dois anos depois, com 19 anos, disputou todos os jogos da Argentina na Copa do Mundo de 74, mas não marcou nenhum gol.

Em 76, transferiu-se para o Valencia, da Espanha. Foi artilheiro do Campeonato Espanhol nas duas temporadas seguintes, mas a consagração veio mesmo no Mundial de 78. Kempes marcou seis gols, dois deles na final, contra a Holanda, e liderou a Argentina na conquista de seu primeiro título mundial. Em nove anos defendendo a seleção argentina, marcou 20 gols.

Nos clubes, suas principais conquistas foram a Copa do Rei (1979) e a Recopa (1980), pelo Valencia, e o Campeonato Argentino (1981), pelo River Plate. Kempes encerrou sua carreira em 1995, no modesto Fernandez Vial, do Chile.