A Inglaterra - que se não inventou, foi quem desenvolveu o futebol - precisou esperar até 1966 para organizar (e ganhar) uma Copa do Mundo. Num torneio marcado pela suspeita de favorecimento da arbitragem e futebol violento, o esforçado time inglês conquistou o seu primeiro e único Mundial.
A violência foi mesmo a maior característica da Copa. Sobrou até para Pelé, caçado em campo por jogadores da Bulgária e de Portugal. A total falta de organização brasileira fez com que a seleção registrasse a sua pior campanha na história.
O Brasil foi eliminado logo na primeira fase, após derrotas para Hungria e Portugal. Formada por veteranos dos Mundiais de 58 e 62 e por novatos que se sagrariam campeões em 70, a equipe não se encontrou em campo e apresentou um futebol lamentável.
Tecnicamente, o torneio foi muito ruim. As duas seleções finalistas tinham um futebol de muita força física e pouca habilidade. O principal destaque coletivo do torneio foi Portugal. Em sua estréia em Mundiais, os portugueses ficaram em terceiro lugar e tiveram o artilheiro da competição, Eusébio, com nove gols.
Além da violência - cinco jogadores foram expulsos de campo, numa época em que não havia a distribuição de cartões amarelos ou vermelhos -, as arbitragens desastrosas macularam a Copa, sobretudo a conquista dos ingleses.
A maior polêmica da arbitragem aconteceu no jogo final, entre Inglaterra e Alemanha. Aos 11min da prorrogação, o atacante inglês Geoffrey Hurst fez o gol mais discutido da história. Após um belo chute, a bola bateu na trave e caiu próxima à linha. O assistente assinalou que a bola tinha entrado, e o árbitro suíço Gottfried Dienst confirmou o gol.
A Alemanha reclamou da marcação, mas o juiz não mudou sua decisão. A Inglaterra ficou em vantagem e ainda conseguiu marcar mais um gol no final da prorrogação, para fechar o placar em 4 a 2 e garantir com o título.
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