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Camaroneses festejam o gol da vitória sobre a Argentina na abertura

FOTOS DA COPA DE 90

Futebol fraco e poucos gols

A Copa da Itália é considerada por muitos a mais chata e sem graça de todas. E não é à toa. Foi um torneio dominado por esquemas defensivos e filosofias de jogo que priorizavam evitar o gol do adversário.

Os números também comprovam o baixo nível técnico e a pouca disposição ofensiva mostrados pelas 24 seleções. A média de 2,21 gols por jogo foi a menor da história das Copas. Além disso, as duas semifinais foram definidas nos pênaltis.

Nem mesmo as seleções tradicionalmente mais ofensivas, como Brasil e Argentina, mostraram bom futebol. A equipe brasileira, sob o comando de Sebastião Lazaroni, quis imitar o estilo europeu, com líbero e alas em vez de laterais. O resultado foi desastroso. Sem criatividade no meio-campo, o Brasil perdeu poder ofensivo e acabou eliminado nas oitavas-de-final pela eterna rival Argentina. Foi a pior participação brasileira desde 1966.

Defendendo o título, os argentinos estrearam mal, perdendo por 1 a 0 para Camarões na partida de abertura. Depois, chegaram à final aliando um esquema defensivo ao talento de Maradona e à boa fase do goleiro Goycoechea nas decisões por pênaltis.

Apostando na vantagem de jogar em casa para chegar ao tetracampeonato, a Itália morreu na praia. Mesmo apresentando um futebol sem brilho, só foi eliminada na semifinal pela Argentina e acabou em terceiro. Tudo graças ao atacante Salvatore Schilacci, o "Totó", artilheiro da competição com seis gols.

A única equipe que brilhou em 1990 foi a de Camarões. Sem grandes pretensões, os africanos surpreenderam o mundo ao baterem os campeões logo na estréia com um futebol aberto e ofensivo. Comandados pelo veterano Roger Milla, autor de quatro gols no torneio, alcançaram as quartas-de-final. Foram eliminados pela Inglaterra apenas na prorrogação.

A Alemanha precisou ir até os pênaltis para superar a Inglaterra na semifinal, mas foi a equipe que melhor combinou a forte marcação com uma postura ofensiva. Depois de duas derrotas seguidas em finais de Copa, os alemães entraram com tudo. Não deram espaço para Diego Maradona e, merecidamente, venceram com um gol de pênalti de Brehme. O mundo conhecia assim o seu terceiro tricampeão mundial.

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