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Nome:
Leônidas da Silva
Nascimento:
06/09/1913, no Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 65kg
Altura: 1,63m
Clubes: Sírio e Libanês (1930); São Cristóvão (1930); Bonsucesso (1931 e 1932); Peñarol-URU (1933); Vasco (1934); Botafogo (1935); Flamengo (1938 a 1940); São Paulo (1942 a 1949)
Títulos: Campeonato Carioca (1934 / 1935 / 1939); Campeonato Paulista (1943 / 1945 / 1946 / 1948 / 1949)
Copas: 2 (1934, 1938)
Lá pelos fins da década de 30, costumava-se dizer que o Brasil tinha três ídolos: Getúlio Vargas, o presidente da República que se notabilizou por sua política populista; Orlando Silva, o Cantor das Multidões; e Leônidas da Silva, centroavante do Flamengo, o campeão carioca de 1939.
Leônidas (1913-2004) elevou o futebol a uma popularidade desconhecida até o seu surgimento. Ele foi o maior divulgador da bicicleta, aquela jogada acrobática em que o atleta, de costas para o gol, joga-se no ar para atingir a bola. E a maior estrela da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1938, na França, a primeira transmitida pelo rádio para o país - também disputou o Mundial de 1934. E também a primeira da qual participamos com chances reais, terminando com um honroso terceiro lugar.
Leônidas, artilheiro do Mundial, voltou para casa com um novo apelido, dado pelos franceses: O Homem de Borracha. O apelido anterior - Diamante Negro - foi dado pelos uruguaios, durante o curto período em que ele defendeu o Peñarol. E acabou inspirando o nome do chocolate que existe até hoje.
Morador humilde do subúrbio carioca, Leônidas começou no extinto Sírio e Libanês, passando depois para o Bonsucesso. Depois da rápida aventura no Uruguai, foi campeão no Vasco e no Botafogo-RJ, até chegar ao Flamengo, onde se consagraria. Só sairia do rubro-negro por conta de desentendimentos com a diretoria do clube.
Quando o São Paulo comprou o passe de Leônidas - então um jogador de quase 29 anos -, pela quantia recorde de 200 contos de réis, choveram críticas. O centroavante chegou a ser chamado de Bonde de 200 contos, mas não demorou a dar a resposta em campo. Deu não só o primeiro título da nova fase de seu novo clube, em 1943, como também dois bicampeonatos paulistas, em 1945 e 1946 e em 1948 e 1949.
Com Leônidas no time, o São Paulo ganhou o respeito de que precisava para se afirmar entre os maiores clubes paulistas. Mas o mundo não mais pôde ver o Diamante em ação. Por conta da Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945, a Copa do Mundo esteve paralisada. Quando voltou, em 1950, Leônidas já encerrava a carreira, preparando-se para ser técnico do próprio São Paulo. Depois, continuou ligado ao futebol, como comentarista de rádio durante 20 anos.
Faleceu no dia 24 de janeiro de 2004, aos 90 anos. O atacante sofria do mal de Alzheimer.
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