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Bruno Senna diz que incertezas recentes foram piores que período pós-morte do tio

Bruno revelou que família encara com naturalidade a opção dele pelo automobilismo - LRGP/MF2
Bruno revelou que família encara com naturalidade a opção dele pelo automobilismo Imagem: LRGP/MF2

Do UOL Esporte

Em São Paulo

26/11/2011 09h43

Bruno Senna, piloto da Renault-Lotus, era garoto quando seu tio famoso, Ayrton, morreu em um acidente durante corrida em Ímola (ITA) - tinha apenas 10 anos. No entanto, ele já corria de kart, e, após o acidente fatal, ficou até os 20 anos sem pilotar um carro de corrida - voltou em 2004, no kart e em algumas corridas da F-BMW Inglesa. Ele, no entanto, garante que o período de incertezas recentes vividas nos bastidores da Fórmula 1 foram piores do que o tempo parado após a morte de Ayrton.

"Com certeza (foi mais duro) ter tido essas paradas recentes. Em 2009, não tive um ano com monoposto, em 2010 não tive um carro competitivo, em 2011 estava em um outro ano sem dirigir nada. Então, meu nível de competitividade regrediu muito comparado com a fase da GP2, e a chance desse ano é de recuperar. Mas não se recupera isso em oito corridas, mas em uma temporada toda, entrando no ritmo com testes normais, e não em uma situação em que você tem de provar tudo em poucos GPs", afirmou o piloto em entrevista ao jornal "Lance".

Na atual temporada, Bruno Senna começou como terceiro piloto da Renault-Lotus. Mas com o acidente de Robert  Kubica, que perdeu o ano, e os maus resultados de Nick Heidfeld, ganhou uma oportunidade de correr. Neste domingo, no encerramento da temporada, no  Grande Prêmio do Brasil, em Interlagos, fará sua oitava corrida na escuderia. Em 2012 ele ainda não tem assento garantido, mas a Renault trabalha com a possibilidade de mantê-lo. Segundo Bruno, o fator principal que decidirá a permanência ou não é o desempenho na pista.

"O fator principal é o que você faz na pista. Sei que a equipe está contente. Houve alguns altos e baixos, o que é normal. A equipe quer que eu tenha mais consistência e vê que tem mais performance para tirar do carro. Mas é difícil acertar tudo, com um carro difícil e pneus difíceis. A equipe está me puxando, me pressionando e é o que eu quero. Estou arriscando mais, e às vezes funciona, às vezes não. Dentro das circunstâncias o pessoal está  satisfeito", revelando ainda que os patrocinadores que um piloto leva para a escuderia influenciam menos que o desempenho nas corridas.

Senna revelou ainda que atualmente a família já encara com naturalidade a opção que ele fez por seguir no automobilismo mesmo após o trágico acidente com Ayrton, em 1994. "Meus avós demoraram um pouco mais, mas o meu avô assiste às corridas, dá pitaco sobre o que eu faço na pista e é engraçado como o tempo cura certas feridas. Que bom que tenho todo o suporte da minha família", disse ao "Lance".

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