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Bahrein assegura que não há risco para F-1: "aqui não é Afeganistão nem Síria"

Pintura em muro da capital Manama pede boicote ao GP do Bahrein de Fórmula 1 - Hamad I Mohammed /Reuters
Pintura em muro da capital Manama pede boicote ao GP do Bahrein de Fórmula 1 Imagem: Hamad I Mohammed /Reuters

Das agências internacionais, em Xangai

16/04/2012 11h54

Antes da chegada do circo da Fórmula 1 ao Bahrein depois do GP da China, o diretor do circuito de Sakhir, Zayed Al Zayani, tentou amenizar a ameaça à segurança da corrida do próximo domingo criada pela revolta popular no país. Para ele, a decisão de manter a realização da prova não foi arriscada.

“Não tomaríamos uma decisão baseados em uma aposta. Acho que foi uma decisão calculada, analisamos nossas opções e estamos comprometidos com o sucesso do grande prêmio”, afirmou o dirigente bareinita.

“Não acho que nada drástico vai acontecer. Aqui não é o Afeganistão, não é a Síria. Não vejo por que alguma coisa que não aconteceu nos anos anteriores tenha que acontecer neste ano”, continuou o chefe do circuito.

No ano passado, logo depois da primeira insurgência dos rebeldes xiitas contra o governo sunita do Bahrein, a Fórmula 1 decidiu cancelar o evento no circuito de Sakhir. Um ano depois, a instabilidade continua, mas Al Zayani disse que os protestos ficarão longe do evento.

“Temos algumas coisas acontecendo nas vilas, mas não é nada com que não possamos lidar. Não tenho dúvidas de que a Fórmula 1 não é um alvo, nem as equipes e nem a mídia”.

Por outro lado, Al Zayani admitiu que os rebeldes poderão tentar usar a visibilidade da Fórmula 1 para dar voz às suas reivindicações. “Eles provavelmente tentarão usar a mídia para transmitir a mensagem deles, mas tudo bem. Deixe que eles expressem suas opiniões”.

Apesar da resistência dos populares, que pedem para que a Fórmula 1 “não corra sobre o sangue deles”, Al Zayani destacou a importância econômica do evento para o país: “Precisamos disso, merecemos isso, Acho que já passamos pelos piores dos incidentes e agora precisamos de ajuda para recuperar o país”.

Por fim, o diretor do circuito insinuou que outros países do calendário também têm problemas com direitos humanos e disparou contra os críticos: “Às vezes, fico pensando e pergunto para mim mesmo: o que é que eles têm contra o Bahrein? Será que eles estão apenas tentando achar alguma coisa para estragar a corrida?”.

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