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Massa lamenta demolição de autódromo no Rio e diz que 'automobilismo sofre'

Felipe Massa, piloto da Ferrari, lamentou a demolição do autódromo de Jacarepaguá - Renan Rodrigues/UOL
Felipe Massa, piloto da Ferrari, lamentou a demolição do autódromo de Jacarepaguá Imagem: Renan Rodrigues/UOL

Renan Rodrigues

Do UOL, no Rio de Janeiro

09/03/2013 17h55

O piloto brasileiro da Ferrari, Felipe Massa, que fará uma exibição nas ruas do Rio de Janeiro com o modelo F-10 neste domingo, lamentou a demolição do autódromo de Jacarepaguá, no final do ano passado. Massa criticou a condução da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) em relação ao esporte no país, revelou esforços pessoais para levantar a categoria e disse que o 'automobilismo sofre muito' no Brasil há alguns anos.

"É muito triste o que aconteceu. Jacarepaguá foi considerado um dos mais importantes autódromos do meio da Fórmula 1, uma das pistas mais bacanas  de se pilotar. Ver aquilo que aconteceu foi muito triste. Espero que esse evento [de domingo] seja importante para as pessoas que decidem, que comandam, verem que o que aconteceu foi uma besteira. Espero que consigam construir logo outro circuito aqui no Rio de Janeiro", disse Massa.

O piloto da Ferrari também comentou o fato de ser o único brasileiro na Fórmula 1 no início do campeonato. O Brasil não iniciava um ano com menos de dois representantes desde 1978. Na visão de Massa, falta incentivo de empresas e da confederação que organiza o automobilismo no país.

"O automobilismo sofre muito. Não sei nem há quanto tempo só temos um piloto brasileiro correndo na principal categoria, que é a Fórmula 1. Já tentei ajudar, criar uma categoria mais barata, fazer parcerias, mas não funcionou. Não tinha nem piloto para correr. Isso mostra que não é só o lado dos pilotos, mas também autódromos que está sofrendo", completou Felipe Massa.

O futuro autódromo do Rio de Janeiro fica numa área na zona Oeste, em um ex-campo de treinamento militar. Há mais de 50 anos, as Forças Armadas realizam atividades no local e ainda é possível que armas ainda estejam enterradas ali. Uma varredura será feita antes do início das construções, que devem começar em meados do ano que vem. Em julho de 2014, a pista deve estar pronta. 

Na visão de Massa, empresas e a própria CBA poderiam ajudar pilotos com patrocínios e realizando mais campeonatos para descobrimento de novos valores. Ele cita como exemplo federações de países como França e Inglaterra, que oferecem ajuda de custo para pilotos iniciantes.

"Acho que para ajudar o automobilismo tem muitas coisas para ser feita. A CBA pode criar muitas oportunidades. Existem países onde as federações dão ajuda de custo aos pilotos, patrocínio para correr na primeira, segunda categoria. A Inglaterra sempre ajuda pilotos na GP2, se não com patrocínio total, com parte dele. Nunca vi isso acontecer no Brasil. As empresas também precisam acreditar mais", finalizou o piloto da Ferrari.

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