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Webber nega que polêmica com Vettel tenha influenciado em adeus à F-1

27.jun.2013 - Mark Webber chega ao box da Red Bull no circuito de Silverstone - Mark Thompson/Getty Images
27.jun.2013 - Mark Webber chega ao box da Red Bull no circuito de Silverstone Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

27/06/2013 12h35

GP da Malásia, março de 2013. Mark Webber liderava a prova e era seguido por Sebastian Vettel. A ordem da Red Bull ao piloto alemão pelo rádio foi clara: as posições na pista deveriam ser mantidas. Deveriam. O tricampeão mundial ignorou o pedido, ultrapassou o companheiro de equipe e venceu a corrida. O australiano, que se irritou com a atitude de Seb, disse nesta quinta-feira que o polêmico episódio nada teve a ver com sua decisão de deixar a Fórmula 1 no fim desta temporada.

Em seu site oficial, Webber disse que a ultrapassagem de Vettel em Sepang não pesou em sua decisão de ir correr pela Porsche no Mundial de Endurance (WEC). “Não. Tenho um plano pessoal e estou firme nele. Este é o próximo capítulo”, escreveu o australiano. O único fator citado por ele que contribuiu diretamente para sua ‘despedida’ da Fórmula foi a série de mudanças pelas quais a categoria passou.

Na época da polêmica, Webber demonstrou muita irritação com o companheiro de equipe e fez críticas pesadas. “Vettel fez suas próprias decisões e será protegido como já é comum”, disse o australiano após a corrida. O tricampeão mundial se desculpou, mas o clima dentro da equipe já não era o mesmo. No dia no qual anunciou sua saída da Fórmula 1, Webber praticamente não tocou no nome de Vettel.

Webber está na Red Bull desde 2007; a dupla com Vettel foi formada em 2009. No ano seguinte, a rivalidade entre eles também criou um clima pesado na equipe. No GP da Turquia de 2010, ambos bateram quando disputavam posição. No GP da Inglaterra, Webber receberia uma nova asa dianteira em seu carro. Na última hora, a peça ficou com Vettel; o australiano ganhou a prova e ironizou ao dizer pelo rádio: “Nada mal para um segundo piloto.”

Aos 36 anos, o australiano já tinha seu futuro questionado por ser um piloto veterano. “Você não tem 25 anos para sempre. É preciso tomar a decisão no momento correto”, afirmou Webber, que negou ter tomado uma decisão precipitada e preferiu não comentar sobre quem poderia substituí-lo na equipe.

Kimi Räikkönen desponta como um dos principais candidatos a ocupar o posto. O nome do finlandês já era ventilado antes mesmo da polêmica ocorrida na Malásia. A escolha pelo piloto da Lotus, porém, esbarraria em uma questão: como Vettel reagiria por ter um rival de peso dentro da equipe?

Se a Red Bull pretende deixar Vettel como ‘estrela’ da equipe, as chances de Jean-Éric Vergne e Daniel Ricciardo crescem. Os pilotos da Toro Rosso já conhecem muito bem a escuderia, são jovens, têm evoluído e seriam bons coadjuvantes para o alemão. A ‘dança das cadeiras’ da Fórmula 1 começou cedo e com intensa disputa por um dos lugares mais cobiçados do grid.

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