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Pilotos criticam Pirelli por caos com pneus; FIA convoca reunião

Detalhe do pneu da Ferrari de Felipe Massa, que estourou durante o GP da Inglaterra em Silverstone - Nigel Roddis/EFE
Detalhe do pneu da Ferrari de Felipe Massa, que estourou durante o GP da Inglaterra em Silverstone Imagem: Nigel Roddis/EFE

Do UOL, em São Paulo

30/06/2013 13h30

A Pirelli se tornou alvo de duras críticas após o GP da Inglaterra. Tudo por conta dos problemas apresentados por diversos pilotos durante a corrida disputada neste domingo em Silverstone, marcada pelo caos. Enquanto a empresa tenta encontrar uma explicação, vários competidores reclamaram muito e cobraram melhorias.

Quatro pilotos enfrentaram situações mais graves. Felipe Massa, Lewis Hamilton, Jean-Éric Vergne e Sergio Pérez tiveram pneus estourados e suas provas foram comprometidas. Curiosamente, todos apresentaram problemas no mesmo pneu: o traseiro esquerdo. Durante a corrida, outros competidores também reclamaram do comportamento dos compostos da Pirelli.

A empresa já vinha sofrendo críticas ao longo desta temporada pelas mudanças na composição dos pneus, cuja curta durabilidade desagradou várias equipes. Na última sexta-feira, nos treinos livres em Silverstone, alguns pilotos testaram protótipos da Pirelli – mais seguros e com menor risco de delaminações, conforme informou a fornecedora.

O caos visto em Silverstone, porém, complica qualquer tentativa de mudança por parte da Pirelli. A empresa, que já sofria com os rumores sobre sua saída da Fórmula 1 e a chegada de uma nova fornecedora, foi duramente criticada pelos pilotos após o GP da Inglaterra. Jean Todt, presidente da FIA, convocou a Pirelli para uma reunião de emergência.

Massa foi um dos pilotos mais irritados com os problemas em série. “Ia terminar no pódio. Estou decepcionado, porque perdi essa chance não por causa de um erro meu, ou de estratégia, ou qualquer coisa do tipo, mas sim por causa de uma situação inaceitável dos pneus”, disparou.

Hamilton, que liderava quando teve um pneu estourado, cobrou melhorias. “É um problema de segurança. É inaceitável. Fizemos aquele teste de pneus para desenvolvê-los e melhorá-los  para que não aconteça mais isso, mas depois daquilo não fizeram nada. Alguém poderia ter batido. Eu ficava pensando atrás do safety car que algo só será feito quando alguém se machucar”, afirmou.

Pérez concordou com o piloto da Mercedes. “É inaceitável. Estamos arriscando nossas vidas e não deveríamos esperar algo acontecer a todos nós. Se acontece a 250 km/h, será uma vergonha. Então, a Pirelli tem trabalho a fazer”, disse. O mexicano sofreu duas vezes com pneus estourados: uma nos treinos livres e outro na corrida – nesta, quase houve um acidente com Fernando Alonso.

Pressionada, a Pirelli tenta dar uma satisfação. “Obviamente, o que vimos hoje não estava previsto. Vimos algo novo, um tipo diferente de problema. Faremos nossas análises para entender o que houve. Levamos isto a sério e, quando tivermos as respostas, todos saberão”, afirmou Paul Hembery, diretor da empresa.

O tempo corre contra a Pirelli. A próxima etapa da temporada será realizada no próximo fim de semana, na Alemanha.

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