Massa deslancha em duelo contra Alonso após anunciar saída da Ferrari

Felipe Massa deu dois comunicados bombásticos em setembro. O primeiro anúncio foi a de que não correria mais na Ferrari em 2014. Dias depois, ao Esporte Espetacular, da Rede Globo, ele avisou que não aceitaria mais imposições para favorecer o companheiro Fernando Alonso. A verdade é que após esses episódios, o brasileiro apresenta comportamento muito mais agressivo e marcas superiores em relação ao espanhol.

O brasileiro ficou à frente de Alonso em quatro dos cinco treinos pós-anúncio do adeus à Ferrari.

Esses resultados refletem o melhor ano de Massa contra Alonso na disputa nos treinos (Alonso vence por 9 a 8 - 53% a 47%).

Nos outros três anos, a derrota de Massa frente a Alonso sempre foi por goleada (em 2010 e 2011, Massa teve 21%; em 2012, 15%).

Para domingo, em Abu Dhabi, Massa voltará a ver o espanhol pelo retrovisor. Massa largará em sétimo; Alonso será o 10º.

Nos GPs da Índia, Japão, Cingapura e Coreia do Sul (todos já sabendo que não permaneceria mais na Ferrari), Massa só não foi melhor do que Alonso no grid da Coreia. São 80% de aproveitamento sobre Alonso.

Massa disse ao Esporte Espetacular em 15 de setembro (cinco dias depois do comunicado de saída da Ferrari) que não seria o escudo de Alonso.

"Vou para cima!", avisou Massa. 

Esse aproveitamento de 80% sobre Alonso é altíssimo se comparado ao histórico da dupla na Ferrari. Nos quatro anos de parceria com Alonso, Felipe Massa sempre conviveu com a figura de segundo piloto, recebendo ordens para deixar o espanhol ultrapassá-lo.

Mas o pedido de “trabalho em equipe” foi ignorado por Massa no GP do Japão. O piloto não aceitou determinação, via rádio, para que permitisse a ultrapassagem de Alonso. A recusa foi minimiza por Alonso e pela escuderia italiana.

Nas corridas, Massa não teve contra Alonso a mesma superioridade como nos treinos. Das quatro provas na condição de desempregado para 2014, o brasileiro ficou à frente de Alonso no GP da Índia, mas foi superado nas provas do Japão, Coreia e Cingapura.

Texto atualizado às 16h54