Chefe da Williams elogia Massa e projeta conquista de título em três anos

Filha do ícone Frank Williams e atual chefe da equipe que leva seu sobrenome, Claire Williams tem 37 anos e é a responsável por tentar devolver ao time os momentos de glória do passado, quando conquistou títulos com pilotos como Nelson Piquet, Keke Rosberg, Alan Jones, Nigel Mansell e Alain Prost.

Em entrevista ao jornal Lance!, Claire disse que a chegada de Felipe Massa à equipe, em 2014, é parte importante do projeto que busca a conquista de um título em três anos para a Williams, que não vence um campeonato desde 1997, com Jacques Villeneuve.

“É fantástico que Felipe venha se juntar a nós. Quando ficou claro que teríamos uma vaga e que ele estava disponível, foi como se as estrelas se alinhassem. Ele é muito talentoso, tem experiência na Fórmula 1 e pode ter um papel importante em levantar nossa equipe”, disse a chefe da Williams.

Claire disse ainda que as mudanças no regulamento da categoria na próxima temporada, com os novos motores V6 no lugar dos atuais V8, além de alterações no pacote aerodinâmico, podem causar uma reviravolta na posição das equipes na briga pelo campeonato.

“Não dá para prever o que vai acontecer. Veja o que aconteceu com a Brawn em 2009. Sendo realista, queremos melhor nossa posição de maneira constante para poder voltar a lutar por títulos num futuro próximo. Esse é o nosso objetivo: num primeiro ano, largar entre os dez primeiros e marcar muitos pontos; no segundo, conseguir vitórias; e ganhar o título no terceiro”, projetou Claire.

A chefe da equipe também elogiou a presença de Massa na sede da equipe, na Inglaterra, no anúncio de seu contrato com a equipe britânica. “O fato de o Felipe ter feito o esforço de ir à fábrica numa época de tantas viagens mostra como ele está animado em se juntar a nós. Para todos os funcionários, foi importante ver de perto este entusiasmo para que se sintam também estimulados a dar a este cara um carro de corrida veloz”, disse.

A dirigente também ressaltou que Felipe Massa não levou nenhum patrocinador para a Williams, e que sua contratação se deu por causa “de seu talento, velocidade e experiência”. Claire também reforçou que a equipe vai conseguir sobreviver sem o aporte da PDVSA, estatal do petróleo venezuelano que apoiava o piloto Pastor Maldonado, que deixa o time no ano que vem. Apesar disso, a chefe da Williams reforçou que espera encontrar patrocinadores no mercado brasileiro.

“Já trabalhamos com empresas do país no passado e somos a equipe que teve mais pilotos brasileiros na história. Somos uma equipe de corridas e precisamos encontrar um orçamento para sermos competitivos. Então tudo o que conseguirmos arranjar no mercado brasileiro vai nos ajudar a dar para Felipe o carro veloz que ele quer para começar a ser candidato a título num futuro próximo”, concluiu Claire Williams.