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Fórmula 1

Vettel vê Red Bull ruir e agora encara F-1 com carro 'capenga'

Do UOL, em São Paulo

23/02/2014 06h00

Sebastian Vettel navegou em águas tranquilas nas últimas temporadas, coroado com quatro títulos. A parceria piloto/carro funcionou perfeitamente. Mas esse casamento sofreu seu primeiro grande abalo. O desempenho da Red Bull foi um fiasco nos treinos preparatórios. Pior: não há qualquer perspectiva de evolução da equipe.

A fase de treinamentos pré-competição está terminando. Agora haverá última sessão de treinos no Bahrein de 27 de fevereiro a 2 de março. O campeonato começa no dia 16 de março, na Austrália.

Para se ter uma ideia do drama vivido por Vettel, a melhor volta obtida pelo alemão nos treinos em Bahrein ficou sete segundos acima do melhor giro de Nico Rosberg, da Mercedes (1m40s224 de Vettel, contra 1m33s283 de Rosberg).

“Estamos em uma fase em que você se livra de um problema, e vem outro", resume Vettel.

A Red Bull não se entende nessa busca de uma solução aos problemas ao novo RB10. A principal falha detectada está no motor Renault. O propulsor francês tem apresentado mau rendimento também nas outras escuderias – Toro Rosso, Lotus e Caterham.

O motor não é a única dor de cabeça da Red Bull. Diretor e projetista do carro austríaco, Adrian Newey conta que a equipe demorou a desenvolver o RB10, apontando erro atraso na preparação dos carros.

Vettel demorou a conseguir ir às pistas para correr integralmente. Suas entradas no cockpit foram breves. No 1º dia de testes no Bahrein, ele deu apenas 14 voltas, voltando aos boxes se queixando de problemas no freio dianteiro. Rosberg, por exemplo, completou 89 voltas no sábado.

No treino de sábado, Vettel não foi à pista. Seu companheiro de equipe, Daniel Ricciardo também tem sido pouco produtivo. O australiano ficou em 6º no último treino no Bahrein, atrás de Felipe Nasr, brasileiro que entrou na categoria como piloto reserva da Williams.

Mudanças profundas para 2014

Os carros para a temporada de 2014 serão muito diferentes em relação aos do ano passado. “Acredito que tenha sido a maior mudança promovida pela Fórmula em toda sua história”, acredita o piloto da Williams, Felipe Massa.

Os motores foram os mais afetados pelas alterações. Agora, os propulsores são V6 turbo de 1,6 litro, em substituição aos antigos V8 aspirados de 2,4 litros. Eles também possuem um novo sistema de recuperação de energia, chamado Ers, substituindo o antigo Kers. Além disso, os pilotos poderão usar até cinco motores no ano, três a menos que o permitido em 2013.

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