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Fórmula 1

Williams chega com mudanças para Xangai, e Massa torce por avanço

Livio Oricchio

Do UOL, em Xangai (China)

17/04/2014 08h30

Pela primeira vez na temporada Felipe Massa e Valtteri Bottas vão dispor de um carro bastante distinto do que utilizaram nos testes de inverno, em Jerez de la Frontera, na Espanha, e no circuito de Sakhir, em Bahrein.

O modelo FW36-Mercedes da Williams começa os treinos livres do GP da China, hoje às 23 horas, horário de Brasília, com novos aerofólios dianteiro e traseiro, além de outras pequenas modificações aerodinâmicas. E é o que deixou Massa mais animado em relação à prova, quarta do campeonato, segundo disse o piloto hoje em Xangai.

Tanto Massa quanto Bottas têm justificado o fato de a Williams não ratificar na temporada o excelente desempenho nos testes com a ausência de desenvolvimento do carro. A maioria dos adversários, ao contrário, já compete com modelos bastante modificados. "Vamos ver amanhã se tudo vai funcionar", disse Massa. "Sofremos muito com o desgaste dos pneus, como na última corrida. É um dos pontos que o FW36 precisa melhorar."

O objetivo do grupo técnico da Williams, coordenado pelo projetista Ed Wood e o especialista em aerodinâmica Jason Somerville, é ganhar pressão aerodinâmica, principal carência do FW36. "Temos as tomadas de ar um pouco mais fechadas também para obter esse resultado", explicou Massa. Se chover nos treinos, como indica a meteorologia, será uma oportunidade ainda melhor para verificar se as novas peças respondem como nos ensaios do túnel de vento.

Depois das provas da Austrália, Malásia e de Bahrein, Massa soma 12 pontos, resultantes de duas sétimas colocações nas duas últimas etapas. Bottas tem 18, pois foi quinto, oitavo e oitavo. Mas seja qual for o avanço que os novos componentes vão proporcionar a Williams não há como pensar em lutar contra a Mercedes. "Eles estão em outra categoria", afirma Massa. Nico Rosberg lidera o Mundial, com 61 pontos, seguido por Lewis Hamilton, 50, ambos da Mercedes.

F1 não mudará na fase europeia

Nem mesmo a partir do GP da Espanha, o seguinte ao da China, dia 11 de maio, quando várias equipes terão uma nova versão de seus carros a Mercedes perderá sua vantagem. "Pode mudar um pouco (a ordem de forças) entre os demais times, mas não vai afetar a Mercedes. Eles também vão evoluir seu carro."

A exemplo de Fernando Alonso, Massa também falou da saída de Stefano Domenicali, profissional que o recebeu na Ferrari quando começava na F1, em 2003, depois de uma temporada na Sauber. "Não representou uma novidade, eles estão mudando a equipe, eu também saí. Tenho uma relação de amizade com Stefano, é um trabalhador. Ele pode ser importante para outras empresas, não só na F1."

O novo pacote aerodinâmico da Williams já deixou Massa e Bottas animados. Mas há outro fator que todos os anos mexe com Massa em Xangai: os fãs da F1. "Eles ficam na porta do meu hotel, me esperando. Pessoalmente ganho muitos presentes aqui, é incrível o carinho deles."

O retrospecto de Massa no GP da China não é espetacular. Disputou as dez edições do evento até agora e nunca venceu ou mesmo largou na primeira fila. Conseguiu dois pódios, segundo em 2008 e terceiro em 2007. Em três ocasiões chegou em sexto, 2005, 2011 e 2013, uma em oitavo, 2004, e uma em nono, 2010.

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