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Fórmula 1

Rosberg passeia, vence 4ª no ano, mas Hamilton também dá show; Massa capota

Do UOL, em São Paulo

20/07/2014 10h37

O grid de largada indicava e o previsto aconteceu: um passeio de Nico Rosberg no quintal de sua casa. No GP da Alemanha, em Hockenheim, o piloto da Mercedes dominou a prova de ponta a ponta, ajudado pelo fato do principal concorrente e companheiro de equipe Lewis Hamilton ter saído da 20ª colocação. Bastou manter as quatro rodas na pista e acelerar para o alemão conquistar sua quarta vitória no campeonato e aumentar a vantagem na liderança do Mundial de pilotos.

Mas, não foi apenas isso. Hamilton não podia brigar pela vitória, mas conseguiu dar seu show e roubou os holofotes. Ele tinha o 15º tempo após um treino catastrófico, que acabou no Q1 por um problema no disco de freio e uma batida. Uma troca de câmbio o fez sair ainda mais de trás: 20º. E mesmo assim o inglês fez bonito, ultrapassou rivais volta a volta, tocou rodas, cravou giros mais rápidos e abriu um caminho quase impossível rumo ao pódio, beliscando a segunda posição de Valtteri Bottas e acabando em terceiro.

Quem se deu pior na prova foi o brasileiro Felipe Massa, que sequer completou um quilômetro rodado e ainda viu o companheiro Bottas ir a mais um pódio. Logo na primeira curva ele foi atingido em cheio por Kevin Magnussen, capotou com sua Williams e abandonou a corrida – a segunda etapa seguida com um final tão melancólico.

Na parte da frente da tabela, Rosberg retrucou: se Hamilton venceu em casa no GP anterior, na Inglaterra, foi sua vez de fazer a festa da torcida, num momento importante para tentar disparar na liderança do campeonato. Como Hamilton conseguiu a terceira posição no grid, a vantagem aberta não foi tão grande. Agora são 14 pontos. Mas, o alemão bem sabe, cada ponto conta no sonho de conquistar o título e que sua regularidade até aqui é fundamental para isso.

A Fórmula 1 volta agora com o GP da Hungria, no circuito de Hungaroring, já no próximo fim de semana. A prova acontece no domingo (27), às 9h, pelo horário de Brasília. Lewis Hamilton foi o vencedor em 2013 e sabe que precisa repetir o feito para voltar a colar – ou até ultrapassar – Rosberg na tabela.

A corrida

O GP da Alemanha começou de forma amarga para o único brasileiro do grid, Felipe Massa. Ele bateu logo na primeira curva e foi forçado a abandonar a prova, depois de largar na terceira posição. Nico Rosberg e Valtteri Botas mantiveram a primeira e segunda colocações, respectivamente, mas Massa não teve a mesma sorte.

O acidente foi impressionante. Massa tentava completar a primeira curva, depois de largar por fora. Quando fez a tomada para a direita, Magnussen, que vinha atrás, bateu entre as rodas dianteira e traseira do brasileiro. O impacto fez o carro do brasileiro virar de ponta cabeça – mas pousar na posição normal.

Massa saiu do carro logo após a batida, sem problemas de saúde pelo impacto, mas claramente revoltado com a manobra do dinamarquês. "Fisicamente estou bem. Foi mais impressionante de fora do que dentro do carro. Fiquei de cabeça para baixo, mas não foi um impacto forte", disse ele, à TV Globo. "Mas estou muito chateado, é a segunda corrida seguida que algo assim acontece."

Com a saída de Massa, Vettel e Alonso galgaram posições e apareceram em boas colocações, em 3º e 4º - o que vinha sendo complicado com as fases ruins da Red Bull e da Ferrari.

Enquanto isso, Lewis Hamilton, que largou no fundo do pelotão, mantinha sua caça aos primeiros. Ele deveria sair em 15º, mas foi o 20º no grid após uma troca de câmbio. Volta a volta, foi passando os carros menos potentes e em 12 voltas já aparecia em 10º.

Com o começo dos pit stops, Hamilton chegou a figurar em segundo. Ele fez uma estratégia muito diferente e só na 27ª volta parou nos boxes. E a ousadia deu resultado – além de algumas avarias no carro, por diversos toques nas ultrapassagens. O inglês conseguiu chegar à quinta colocação na metade da corrida, colocando-se em uma posição de um menor prejuízo na pontuação, já que o líder do Mundial, Rosberg, mantinha sua disparada.

Quase que a prova tomou novo rumo com um acidente de Adrian Sutil. Era possível a entrada do safety car, que levaria Hamilton para pertinho dos primeiros colocados, mas a direção de prova decidiu dar só bandeira amarela no local e deu uma mão para Rosberg e os líderes da prova.

Uma das disputas mais movimentadas foi entre Fernando Alonso e Daniel Ricciardo, pela quinta posição, e o piloto da Ferrari se deu melhor na última reta.

Já Hamilton chegou em Bottas com menos de oito voltas para o fim. A Williams indicou, pelo rádio, que a briga não valia a pena, já que o desgaste de pneus do finlandês preocupava. O fato é que o inglês manteve a briga até o final, mas não conseguiu os três pontos a mais que ganharia se chegasse em segundo, já que Bottas manteve distância segura para não ser ameaçado, de fato.

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