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Fórmula 1

Diretor da Williams prevê mais pódios para Massa daqui para a frente

Livio Oricchio

Do UOL, em Monza (Itália)

07/09/2014 15h23

A relação de Felipe Massa como o atual diretor de operações da Williams, Rob Smedley, é antiga. Trabalharam juntos na Ferrari de 2006 até o ano passado. Esse inglês hoje de 40 anos foi engenheiro de Massa. Tornaram-se amigos. E este ano ambos estão juntos de novo na Williams.

Neste domingo, em Monza, Smedley falou de Massa, depois do seu primeiro pódio, terceiro colocado, com o novo time: "Estou muito contente. Não tenho preferência por Felipe ou Valtteri (Valtteri Bottas, companheiro de Massa), mas Felipe precisava desse resultado, precisava terminar entre os primeiros, lutar pelas primeiras colocações, psicologicamente foi importante para ele. Acredito que daqui para a frente ele poderá conquistar outros pódios". Restam seis etapas para o encerramento da temporada.

Nenhum outro profissional conhece Massa tão bem quanto Smedley. Quando assinou com a Williams, Massa já havia acertado sua contratação um mês antes. Ao UOL Esporte Smedley disse: "Não posso dizer que aceitei vir para a Williams por causa do meu amigo Felipe. Decidi meu futuro de maneira independente. O que mais me atraiu para aceitar o convite foi trabalhar ao lado de um diretor técnico como Pat Symonds, por quem tenho grande respeito".

Smedley falou mais da Williams. "Agora, junto de Symonds, aqui, entendi ainda melhor o ótimo profissional que é. Tenha a certeza de que o imenso salto da Williams do ano passado para esta temporada relaciona-se diretamente à reestruturação da área técnica promovida por Symonds."

Ao lado do prazer e da possibilidade de trabalhar com Symonds, diz Smedley, ter Massa de novo como piloto é "muito bom". Todos vão seguir juntos em 2015, pois a Williams anunciou que Massa e Bottas serão seus pilotos na próxima temporada.

"É o par mais harmonioso de pilotos com quem já trabalhei. Realmente trabalham em grupo, visando o interesse do time, o que torna nossa vida muito mais fácil", comentou o engenheiro inglês. "Ambos são muito rápidos, Valtteri está aprendendo muito e evoluindo rápido, Felipe traz toda sua experiência para o grupo, os dois funcionam acima das expectativas."

Um bom exemplo é o resultado do GP da Itália, segundo Smedley. "Diante da superioridade da Mercedes, não só aqui em Monza como em todos os circuitos, o máximo possível é chegar na terceira e na quarta colocações. E é o que conquistamos hoje, o máximo possível. Portanto estamos felizes, claro."

A Williams conseguiu ultrapassar a Ferrari no campeonato dos construtores. Massa somou 15 pontos e Bottas, quarto colocado, 12. Já a Ferrari pela primeira vez não marcou pontos com Fernando Alonso, por problemas no sistema de recuperação de energia, segundo a Ferrari, e fez somente 2 com Kimi Raikkonen, nono colocado.

Depois de 13 etapas a Williams tem agora 177 pontos, terceira no Mundial, e a Ferrari, 162, quarta. No fim do ano ser terceiro a quarto corresponde a receber da FOM, de Bernie Ecclestone, cerca de 20 milhões de euros a mais.

"Parece ser difícil pensar em lutar pelo segundo lugar com a Red Bull", disse Smedley. "Eles estão cerca de 100 pontos na nossa frente (na realidade 95), têm um carro dotado de excelente chassi e dois grandes pilotos. Nosso objetivo é ampliar a diferença para a Ferrari e em Abu Dabi (última etapa, dia 23 de novembro), garantir o terceiro lugar."

Para a próxima etapa do calendário, dia 21 em Cingapura, a Williams terá um novo pacote aerodinâmico, estudado para pistas exigentes de elevada carga aerodinâmica, oposta a Monza.

"O bom de nosso grupo é que todo e qualquer componente novo que testamos no carro o resultado prático é exatamente o mesmo dos experimentos em túnel de vento", afirma Smedley. Apesar de Massa já ter adiantado que em Cingapura a Williams terá dificuldades, pois Red Bull e Ferrari devem ser adversários, o que não foi o caso de Monza, Smedley acredita que pode não ser bem assim.

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