Classificação mais equilibrada em 5 anos esquenta briga em Cingapura

A última vez que a Fórmula 1 viu tantos carros separados por uma diferença tão pequena no grid foi no GP da Bélgica de 2009, quando Mark Webber, na época na Red Bull, ficou a 0s480 do pole position Giancarlo Fisichella, da Force India. 

 

Com cinco equipes entre os nove primeiros (Mercedes, Red Bull, Ferrari, Williams e McLaren) os três fornecedores de motores (Mercedes, Renault e Ferrari) conseguindo brigar entre os cinco da frente de maneira tão próxima, a situação surpreendeu Hamilton, que esperava mais uma briga limitada ao seu companheiro, Rosberg. 

 

"Os outros deram um passo à frente. É realmente uma grande surpresa. Fiquei surpreso por ver a Ferrari competitiva, o que é algo muito bom, além da Williams e da Red Bull", admitiu. 

 

Entre os motivos para esta aproximação das equipes em Cingapura as características particulares do traçado de rua, em que a potência dos motores Mercedes não está sendo tão determinante, é um dos principais. A situação é bem diferente do que aconteceu, por exemplo, na última etapa, no veloz circuito de Monza, onde os carros equipados com o propulsor alemão ocuparam as seis primeiras posições do grid e a vantagem do pole Hamilton para o nono colocado, Daniel Ricciardo, da Red Bull-Renault, ficou em 1s600. 

 

Desta forma, o cenário que vai se formando para a corrida deste domingo é de um começo de prova com os carros andando perto, o que faz com que a estratégia de paradas para troca de pneus ganhe ainda mais importância com tantos carros andando tão próximos. 

 

O tetracampeão Sebastian Vettel, por exemplo, citou a importância de controlar o consumo de pneus para brigar pela vitória, principalmente pela dificuldade de se conseguir ultrapassar com carros andando de forma tão parecida. 

 

“Vimos hoje que o ritmo de todo mundo está parecido, todos estamos muito, muito próximos. Se você for dois décimos mais rápido aqui, você não ultrapassa. Mas os pneus vão se desgastar em algum momento e isso vai gerar confusão, então, espero que possamos esperar por isso. Vamos ver”, afirmou o alemão. 

 

Até mesmo Fernando Alonso, que em 2014 enfrenta uma temporada bastante difícil com a Ferrari e sai em quinto neste domingo, ficou empolgado com a chance de brigar pelo pódio. 

 

“Acho que está mais perto do que nunca, pois o nível de competitividade está bom neste fim de semana. Estamos competitivos e largamos entre os cinco primeiros, então, por que não pensar em um pódio? A vitória seria otimismo, mas vamos ver”, apontou o espanhol.