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Fórmula 1

Reserva, carro único ou ficar de fora: as opções da Marussia sem Bianchi

Do UOL, em São Paulo

09/10/2014 07h26

O silêncio da Marussia após o acidente de Jules Bianchi no Japão, embora respeitado, tem intrigado os fãs de Fórmula 1. Já se sabe que o francês não vai correr na próxima etapa da temporada, em Sochi – e corre o risco de nem mesmo voltar a pilotar. Diante deste cenário, surge a pergunta: quais são os planos da equipe para o Grande Prêmio da Rússia deste final de semana?

Em seus comunicados oficiais, o time não anunciou ainda o que fará. No entanto, salvo quaisquer reviravoltas mirabolantes, são somente três as opções: substituir Jules Bianchi, correr com um carro só ou abrir mão da participação na etapa.

Em um primeiro momento, a resposta natural seria a substituição de Bianchi. Neste caso, o principal candidato seria o americano Alexander Rossi, terceiro piloto da equipe. No entanto, o britânico Will Stevens (também piloto de testes da Marussia) também está na disputa.

O principal problema para esta opção é o pouco tempo disponível para que a Marussia entregue um chassi ponto a tempo da prova. Por enquanto, nenhum dos envolvidos se manifestou publicamente até aqui. A equipe, nos boxes em Sochi, mantém a placa com o nome de Jules Bianchi, indicando que os reservas têm poucas chances de atuar agora, adiando a decisão para o GP dos EUA.

A segunda possibilidade é correr apenas com Max Chilton, formando um grid com apenas 21 carros. O chileno Eliseo Salazar, que disputou a Fórmula 1 entre 1981 e 1983 (e que ficou conhecido pelo tabefe que tomou de Nelson Piquet ao se chocar com o brasileiro no GP da Alemanha de 1982), aposta nesta possibilidade.

“A equipe Marussia correrá apenas com um piloto na Rússia. Não substituirão Bianchi, que lamentavelmente tem um prognóstico de recuperação muito ruim”, disse Salazar em seu Twitter. Com pouco tempo entre as corridas no Japão e na Rússia, a hipótese tem boas chances de ocorrer.

As últimas vezes em que equipes entraram em um Grande Prêmio com um carro só foram em 1994, justamente após as mortes de Ayrton Senna e Roland Ratzenberger em San Marino. Suas respectivas equipes, Williams e Simtek, não contaram com um segundo piloto na prova seguinte, em Mônaco. A Simtek ainda correu com um carro só também no Canadá, e viria a deixar a Fórmula 1 pouco tempo depois, vítima de problemas financeiros.

A terceira possibilidade, um pouco mais remota, é que a Marussia não dispute o Grande Prêmio da Rússia. Para tal, a escuderia precisaria de uma autorização da FIA, oficializando a intenção de retornar na corrida seguinte, em Austin (Estados Unidos). Como o time já chegou à Rússia, onde corre diante de seus patrocinadores, esta chance é remota.

“Com tanta tristeza na equipe de Banbury (sede da Marussia na Inglaterra) depois dos eventos do Japão, não seria uma surpresa se o time tirasse seus dois carros do evento da Rússia, deixando apenas 20 carros no grid”, afirma o site Checkered Flag, que vai além.

“O que deveria ficar claro é que, qualquer que seja a decisão da Marussia, deverá ser universalmente aceita por todos os que se associam à Fórmula 1. O esporte não é maior que qualquer personalidade, e o acidente de Bianchi irá afetar a todos na equipe. Se eles quiserem ficar de fora, que possam fazê-lo. Se quiserem correr com um ou dois carros, que possam fazê-lo. A Fórmula 1 é só um esporte”, completou.

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